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Em meio à crise, universidade do RJ depende de salas de aula emprestadas de escola



Data: 11/07/2017

A falta de dinheiro mudou a rotina dos 13 mil alunos da Universidade Federal Rural do Rio, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Sem luz e com serviços de conservação do campus suspensos, muitas aulas foram remanejadas para uma escola estadual, ao lado da instituição.

A mudança também está relacionada à ausência de verba para a construção de novos prédios. Vítimas da insegurança - outro problema antigo da universidade -, alunos e professores também são obrigados e lidar diariamente com o medo, como explica o presidente da associação de docentes Markos Klemz.

“Volta e meia pega sala de aula emprestada de escola estadual, do colégio ao lado. E a noite a gente anda pelo campus com a lanterna do celular ligada. A gente não consegue ver o chão que estamos pisando à frente”.

O abandono se repete nas outras três universidades federais do Rio. Fuga de pesquisadores, sucateamento e demissão de terceirizados são realidades, diante de cortes orçamentários superiores a 50%. Ricardo Berbara, reitor da Universidade Federal Rural, classifica a situação como dramática.

A direção da universidade tem se apegado a emendas parlamentares para dar um fôlego nas contas. Mas, até o fim do ano, até 40% dos terceirizados devem ser cortados. “Nós estamos sofrendo uma certa decadência do nosso patrimônio. Nossos equipamentos se tornam obsoletos e a gente não têm capacidade de recuperá-los. E os prédios também, não temos recursos para mantê-los”.

Juntas, as quatro universidades federais do Rio têm cerca de 93 mil alunos. Na maior delas, a UFRJ, 20% das bolsas de CNPq não foram renovadas em fevereiro. A professora e presidente da Associação de Docentes, Tatiana Roque, descreve que a instituição já sofre com a debandada de pesquisadores.

“Nós temos perdido pessoas bem qualificadas que não têm ficado nas pesquisas por conta dessa falta de verba”.

A UFRJ calcula hoje um déficit de aproximadamente R$ 115 milhões. Somado ao corte orçamentário dos últimos dois anos, falta o mínimo para atender as demandas de contratos e serviços. O único compromisso que permanece em dia é o pagamento das bolsas assistenciais e acadêmicas.

Na Universidade Federal Fluminense, nem isso tem sido possível. O investimento previsto no orçamento desse ano sofreu uma redução de 53% em relação a 2016. Aluno de geografia e membro do Diretório de Estudantes, Bruno Araújo conta que, nas unidades do interior, os índices de evasão já são grandes.

“A gente tem, por exemplo, a diminuição do valor da bolsa da morada estudantil de R$ 400 para R$ 300; o número de bolsas cai; o número de auxílios emergenciais cai bastante; e a gente percebe, principalmente nas unidades do interior, uma dificuldade muito grande para a permanência dos estudantes”.

Na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, a UniRio, o corte anunciado em maio foi de 10% no custeio e 30% no investimento. Além do atraso nas bolsas, a grande preocupação é a obra do novo Centro de Ciências Humanas. Prevista para estar pronta em 2011, a obra foi retomada recentemente, após longa paralisação. A direção da universidade não respondeu os questionamentos da CBN.

Fonte: CBN



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