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Corte de verbas suspende pela 2ª vez formação de professores no Alto Rio Negro pela Ufam



Data: 29/06/2015

Transferidas para julho deste ano, após o não envio do recurso de R$ 300 mil pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), as atividades do ‘Ação Saberes Indígenas na Escola’ foram novamente suspensas por falta de verbas, segundo a coordenadora de subprojetos voltados à formação continuada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ivani Faria.

Atividade integrante do Programa Nacional dos Territórios Etnoeducacionais, financiado pelo governo Federal e instituído pelo Ministério da Educação (MEC), em 2013, a ação é voltada à formação continuada de professores que atuam na educação escolar indígena na educação básica.

Segundo a coordenadora, a falta de verba impacta diretamente no custeio da alimentação e do combustível das embarcações de pequeno porte que transportam cerca de 70 professores indígenas das comunidades espalhadas nas calhas dos rios Içana, Tiquié, Uaupés, Aiari, Xié, Curicuriari e Papuri até a sede do município de São Gabriel da Cachoeira, onde as aulas acontecem. Além disso, com a não disponibilização de recursos, docentes em formação, os formadores, os ‘conteudistas’ e os pesquisadores indígenas estão desde novembro do ano passado sem receber a bolsa-auxílio prevista pelo programa.

De acordo com a professora, o ‘Saberes Indígenas na Escola’ iniciou suas atividades em julho de 2014, realizou atividades em dezembro, mas desde o fim do ano passado sofre com os cortes de verbas. A atividade é composta por dois subprojetos: ‘Alfabetização e letramento em contexto bilíngue’ e ‘Tecnologias educacionais e midiáticas aplicadas à educação escolar indígena’, com cursos de 200 horas desenvolvidos pelo Laboratório Dabukuri.

“Cancelamos todas as atividades de janeiro, reprogramamos para julho deste ano e para nossa surpresa tivemos que cancelar novamente. Seria um mês de atividades em oficinas que compõem os cursos, se estendendo até fevereiro, cujo público alvo são os professores das escolas indígenas, realizados no sistema modular de férias. Mas neste ano ainda não veio dinheiro”, ressaltou.

Segundo a coordenadora, a necessidade de suspensão das atividades programadas para julho deste ano, foi informada por e-mail pelo coordenador institucional do programa e membro da Pró-reitoria de Extensão (Proext), professor Gersem Baniwa. “Ele informou que infelizmente tínhamos que cancelar e que talvez parte do recurso venha em agosto. O que é muito complicado, pois como nós vamos tirar 70 professores indígenas da sala de aula para ficar um mês complementando ou finalizando os dois subprojetos?”, disse, destacando ser difícil também gastar todo o recurso, até dezembro, para que o mesmo não retorne para o governo federal.

Além do prejuízo ao aprendizado e à formação dos professores indígenas, que chegam a viajar até uma semana em “rabetas” para participarem dos cursos, Ivani afirma que as suspensões causadas pelos cortes geram ainda um peso político negativo para Ufam, que aos olhos dos cursistas é vista como a responsável pela não realização das atividades, e não o governo federal, que financia o programa em todas as universidades federais do país.  

Segundo Ivani, sem o recurso financeiro para o pagamento das passagens entre Manaus/São Gabriel da Cachoeira, custeio da alimentação e do combustível (que custa R$ 4,10 o litro de gasolina no município localizado a 852 km da capital) utilizado no transporte dos professores em formação, a previsão é de que as atividades sejam retomadas apenas em janeiro de 2016.

“Se tivéssemos um mês ou no máximo 40 dias disponíveis, conseguiríamos concluir, mas eles são professores. No mês de dezembro é inviável porque é final de ano nas escolas e eles estão muito atarefados. Como nós vamos tirá-los um mês de sala de aula? Então possivelmente só vamos finalizar os cursos em janeiro do ano que vem. Quer dizer, um ano que o projeto foi descontinuado”, afirmou.

Fonte: ADUA



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