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Censo do Ensino Superior 2013: número de alunos por professor aumenta a cada ano



Em 2013, o número de funções docentes em exercício na educação superior brasileira aumentou 1,25% em comparação a 2012, passando de 362.732 para 367.282 mil professores, a menor taxa de crescimento em dez anos. Enquanto isso, a quantidade de matrículas efetuadas em cursos de graduação cresceu 3,8% de 2012 para 2013, superando a marca de 7,3 milhões de estudantes no país. Os dados são do Censo da Educação Superior 2013, divulgado nesta terça (9) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Esse é o quarto ano consecutivo em que a taxa de crescimento no quadro de docentes é menor que a expansão percentual no número de estudantes. Por conta disso, a quantidade de alunos por professores só aumenta. Em 2003, a relação era 15,7 estudantes por docente. Dez anos mais tarde, a proporção passou a 20 alunos para cada professor, a maior em uma década.

Para o 2º secretário do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Jacob Paiva, a ampliação do corpo docente abaixo da taxa de crescimento de matrículas é resultado de uma política que ele considera “irresponsável e eleitoreira”. “O fato de aumentar número de vagas e criar novos cursos não significa efetivamente garantia de formação de qualidade e nem representa desenvolvimento social e econômico”, disse.

Na avalição de Paiva, o crescimento no acesso ao ensino superior não pode ser desconectado do aumento no quadro de servidores tampouco de condições adequadas para o ensino, a pesquisa e a extensão – tripé da universidade. “Não adianta aumentar número de vagas, sem melhorar as bibliotecas, os restaurantes, aumentar quantidade de salas de aulas, equipar os laboratórios. Ou seja, garantir somente o acesso é um equívoco”, criticou.

Realidade

Na prática, muitos docentes acabam ministrando aulas para um contingente bem maior de estudantes. Caso do professor federal Nilson Barreiros, que, no 2º semestre de 2013, teve que ministrar a disciplina “Metrologia e Instrumentação” para uma turma de 78 alunos, no curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). “Tive que dividir a turma em dois grupos, senão seria impossível trabalhar”, disse. O docente já se prepara para atender a quatro turmas, com uma média de 35 a 40 alunos, no 2º semestre de 2014.

De acordo com Barreiros, que também é vice-diretor da Faculdade de Tecnologia da Ufam – unidade acadêmica que concentra dez cursos de graduação – a situação é mais alarmante nas disciplinas básicas da área de exatas, cuja demanda tem aumentado nos últimos anos em virtude da priorização dessa área por parte do governo. “As turmas de cálculo e matemática costumam ter uma média de 70 a 80 alunos. Como não há professor suficiente, a qualidade do ensino fica comprometida”, sinalizou.

O presidente da Adua, professor Alcimar Oliveira, chama atenção para os dados apresentados pelo governo. “É sempre necessário dar objetividade crítica à realidade ocultada pelas estatísticas, sobretudo as oficiais. A educação brasileira, do nível fundamental ao superior, sempre tem colocado o país no topo dos índices mais atrasados nos diversos organismos de avaliação. Beira ao desastre, mas o desastre maior é a não percepção política desse desastre”, afirmou. 

Para Oliveira, comemorar a elevação do número de matrículas no ensino superior sem considerar que mais de 73% dessas matrículas ocorrem no ensino privado não é medida de quem se preocupa com a educação no país.  “Além disso, não podemos omitir que mesmo no ensino superior somos cotidianamente submetidos a condições precarizadas de trabalho e a salários aviltantes. Não me parece uma medida honesta de objetivar o drama que, de fato, é, e pior, parece seguir sendo, a educação no Brasil”.

Fonte: Adua



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