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  18/10/2019


CSP-Conlutas forma Frente Única de ação contra Bolsonaro



Data: 18/10/2019

“Unificar as lutas já para derrotar Bolsonaro e seu projeto de ditadura e escravidão! Frente Única e unidade de ação para lutar e derrotar Bolsonaro! Encontro e unidade dos lutadores!”. Assim, a CSP-Conlutas lança sua Frente única contra o governo Bolsonaro.

Motivos não faltam para o protesto. Conforme o plano de ação, as principais reivindicações são: sobre a postura autoritária do governo, os ataques a educação, o aumento nas queimadas e violência. “O governo faz apologia e propaga a violência da polícia e do Estado nas comunidades pobres, aumentando o genocídio da juventude e do povo pobre e negro das periferias e o encarceramento em massa, o governo estimula o assédio moral nas empresas, quer aumentar a repressão sobre as lutas”, enfatiza a entidade.

Quatro planos de ação serão postos em prática pela Frente:

1-Lutar já pela unificação das lutas em curso

Buscar conscientemente unificar os setores que podem entrar em luta nesse momento, lutar contra o desmonte e entrega de direitos e cercar de solidariedade as lutas que existirem. Unir petroleiros, trabalhadores dos correios, universidades, funcionalismo público, metalúrgicos, bem como indígenas, movimentos populares e defensores da Amazônia e meio ambiente. Articular um plano de lutas e ação unificada em defesa das reivindicações de todos esses setores.

2-Manter o chamado à Unidade de Ação e à Frente Única da classe trabalhadora para lutar

Contra Bolsonaro-Mourão, em defesa de um programa mínimo para lutar, devemos seguir propondo e buscando construir a Frente Única e a unidade para lutar com todas as organizações da classe trabalhadora e do movimento popular. Foi isso que fizemos até aqui e seguiremos afirmando que o caminho da luta unitária é o caminho necessário e mais seguro para derrotar esse governo. Seguiremos nos esforçando para que esta unidade para lutar aconteça, mas não nos paralisaremos perante o desmonte de mobilizações ou o imobilismo. A Frente Única deve ser uma frente de luta. Se ela se converte no seu contrário, ou seja, numa frente que se torna obstáculo para as lutas e sua unificação, é preciso romper o bloqueio e unir quem quiser lutar.

3- Unir os que querem lutar e organizar os lutadores

Buscaremos organizar e dar alternativa para unir as lutas e os lutadores, coordenar uma movimentação que permita, desde os estados ou regiões, juntar os setores que querem lutar em torno a um programa mínimo que defenda nossas reivindicações e enfrente a ofensiva dos governos e patrões. Vamos, onde for possível e necessário, realizar encontros de lutadores, que reúna as organizações sindicais, populares e estudantis dispostas a lutar.

Um programa mínimo para ação unitária de nossa classe

– Em defesa do emprego; redução da jornada, sem redução de salários e plano emergencial de obras públicas nas áreas de saneamento, moradia popular, saúde, infraestrutura e educação;
– Nenhum direito a menos. Contra a Reforma Trabalhista, a Carteira Verde Amarela e a MP 871. Pela anulação das leis das terceirizações. Direitos iguais para todos os trabalhadores
– Defesa da Educação pública, gratuita e de qualidade; não aos cortes na educação, extensão e pesquisa;
– Defesa dos serviços públicos; valorização, concurso e estabilidade dos servidores públicos das três esferas;
– Defesa da Previdência Pública, das aposentadorias e da seguridade social. Não à Reforma da Previdência e ao projeto de PEC paralela;
– Defesa da soberania nacional. Não às privatizações da Petrobrás, Correios, Bancos Públicos, setor elétrico e outros. Não à entrega da Base de Alcântara aos Estados Unidos. Reestatização das empresas privatizadas;
– Reforma Agrária, já, sob o controle dos trabalhadores. Titulação de todas as terras quilombolas e demarcação de todas as terras indígenas;
- Defesa da Amazônia, do meio ambiente e dos povos da Floresta, contra Bolsonaro-Mourão-Trump; e também contra Macron e demais capitalistas que destroem a floresta, os povos da floresta e o planeta.
– Fim do teto de gastos. Os ricos é que devem pagar pela crise. Suspensão do pagamento da dívida e auditoria;
– Contra toda forma de opressão. Basta de machismo e violência contra as mulheres. Não ao Racismo, LGBTfobia e xenofobia;
– Defesa das liberdades democráticas; liberdade de expressão, de manifestação, de greves, de organização, de imprensa. Nenhuma censura! Punição aos torturadores e assassinos da ditadura. Ditadura Nunca Mais!
– Derrotar Bolsonaro-Mourão e seu projeto de ditadura e semiescravidão.


Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA-SSind



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