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  14/01/2013 - por Menabarreto França



O saqueado estado do Amazonas sofre uma sina eterna por culpa dos próprios Amazonenses, qualquer cicofanta, sonso ou arrevista que por aqui aporta tem chances de fazer fortuna e glória.

Manaus, por exemplo, graças a megalomania mestriniana, importou figuras exóticas como, por exemplo, um juiz de futebol do Rio de Janeiro para ser seu prefeito, que atendia pelo nome Loris Cordowil, lembrado até hoje como nome de rua no bairro Alvorada I e até nome de escola no bairro São Jorge. Outros são donos de televisões, rádios e jornais, como também de construtoras. Um deles, inclusive, faz parte da Unidade Gestora da Copa 2014.

Atualmente, nosso Estado está vivendo situação dessa natureza com dirigentes vindos de outros lugares, sem nenhuma qualificação e que por aqui se tornam autoridades que para o cabloco é conhecido como “otoridade”.

 A partir de 1982, este fenômeno se tornou mais amiúde, tendo como células-tronco Gilberto Mestrinho e Amazonino Mendes, que produziram metástases das mais variadas cepas.

Em vista da criação dessas figuras no meio político, utilizando o Estado para satisfazerem os mais variados instintos bestiais, faço aqui referência a duas matérias publicadas no jornal A Crítica neste mês de dezembro de 2012, uma com o título “O Eduardo Braga não é nada, é só um senador” e a outra matéria “Braga rebate críticas”.

Extraio algumas pérolas das entrevistas dessas duas figuras carimbadas que mandam na política desse Estado que não podem deixar de serem comentadas. Pelo menos neste espaço. Nenhuma manifestação se viu, quer na imprensa, quer nos Ministérios Públicos, Tribunais de Contas do Estado ou da União. Ou de políticos, sociedade civil e até na justiça, quer estadual ou federal, tendo em vista as sérias acusações sacadas de um contra o outro.

Na entrevista de Amazonino Mendes o repórter do jornal A Crítica pergunta:

“E sobre Eduardo Braga?”

O ex-prefeito responde:

“É um rapaz inteligente e determinado tanto é que ele me sensibilizou e eu o lancei candidato a governo, dei a ele tudo. Lancei-o para Governo em um momento em que ele estava totalmente desesperançado, em uma situação economicamente muito difícil, se preparando para sair do País. Quando assumiu o governo, ele mostrou ausência absoluta de respeito a certas virtudes humanas como a gratidão, respeito às pessoas e equilíbrio público em relação à coisa pública”.

Pergunto eu, que coisa pública é essa? Não seria interessante uma investigação por parte das instituições judiciais sobre isso? É inusitado um amigo ajudar o outro lhe dando o Governo, o erário público, o nosso dinheiro para resgatar as finanças do outro?

Em um País sério isso teria que ser investigado, mas o acusado Eduardo Braga, retruca:

“Eu sucedi o Amazonino, duas vezes na Prefeitura e no Estado e ele sabe como quebrou a Prefeitura e o Estado e eu tive que consertar. Mas eu sou bom caráter e não fico falando essas coisas por aí”.

Essas intrigas entre comadres não tem que ser investigadas? Mas os dias se passam e nada é feito, todos se calam e essas figuras continuam impunes e mandando neste Estado leviatã.

Nessa briga entre imperador e ditador, sobrou também para o mordomo Alfred. Sobre o senador Alfredo Nascimento? Amazonino Mendes responde:
 
"Alfredo é um rapaz de origem humilde, mas depois que virou prefeito houve uma mudança na cabeça dele, porque não estava preparado. Faltou autocrítica, ele se sentia o máximo como ministro e ficou de salto alto, passou a ter uma vaidade imerecida”.

É, parente, essas figuras medíocres, são as que estão eternamente no poder em nosso Estado. Não caberia pelo menos uma representação contra essa mediocridade, no mínimo por ABUSO DE CONFIANÇA, IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, PREVARICAÇÃO?

Com a palavra os eleitores que dão aval a essas figuras exóticas e eternas.

Lembrando que no futuro os mesmos falarão sobre o atual governador Omar Aziz.

O caso é sério parente!

* Menabarreto França é professor aposentado do curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).



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