É com indignação que presenciamos nossa Pátria sendo entregue ao capital multinacional das teles que aqui operam, em mais um assalto ao patrimônio público, praticado por este governo ilegítimo e golpista.
Com a desfaçatez típica dos traidores da Pátria, na calada da dissimulação, a Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, aprovou no dia 6 de dezembro, o PLC 79/2016, que altera a Lei Geral de Telecomunicações (LGT- Lei 9.472/1997), criando um novo marco regulatório das telecomunicações.
Sem passar pelo plenário do Senado e com um relatório aprovado em menos de 24 horas (já estava pronto) do senador Otto Alencar, irmão siamês de Kassab, no PSD, o projeto aprovado como “irrelevante”, encontra-se pronto para ser sancionado pelo títere Temer, golpista-chefe do entreguismo nacional.
Pra se ter ideia, esse projeto, segundo levantamento do Tribunal de Contas da União, pode gerar um prejuízo à Nação brasileira na ordem de R$ 105 bilhões, cinco vezes mais que o prejuízo dado nos cofres da Petrobras, na Operação Lava-Jato.
Essa pérola, defendida pelo Kassab, entrega para a Anatel o cálculo do valor da autorização e as teles poderão ficar com o patrimônio do Estado brasileiro, que é de nosso povo, como prédios, antenas, redes, centrais e até o direito do uso do satélite, que estejam vinculados à telefonia fixa.
Não bastasse isso, ainda está previsto o perdão das multas devidas pelas teles, em torno de R$ 20 bilhões, que nunca foram pagos, nem serão.
Só os traidores da Pátria, como esses assaltantes que tomaram o poder, tentam convencer a população de que as teles, uma vez empossadas do patrimônio público, voltarão a ser boazinhas com os brasileiros e farão investimentos vultosos na área de comunicação, principalmente em áreas afastadas, que não trazem lucros aos seus interesses.
Só pra lembrar que, nos últimos três anos, as teles que aqui operam, Claro, Vivo, Algar e Sercomtel, remeteram para suas matrizes mais de R$ 35 bilhões e querem agora, por meio do entreguista Kassab e seus operadores no Senado e na presidência da República, doar o patrimônio da Nação, numa operação na calada da noite, digna apenas dos traidores do povo brasileiro, numa clara ação criminosa de “Lesa-Pátria”.
Data: 02/01/2017
João Vicente Goulart é diretor do IPG - Instituto Presidente João Goulart (Publicado originalmente no site da Agência Sindical)
|