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CSP-Conlutas exige apuração do assassinato de militantes do MST na Paraíba



Data: 11/12/2018

A CSP-Conlutas exige do governo Ricardo Coutinho (PSB) e seus órgãos institucionais uma apuração rápida e rigorosa para que os executores e mandantes dos assassinatos de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sejam identificados e responsabilizados. No último sábado (8), dois líderes do MST foram brutalmente mortos em Alhandra, na Paraíba. Rodrigo Celestino (38 anos) e José Bernardo da Silva (46 anos), conhecido como Orlando Bernardo, eram coordenadores do acampamento Dom José Maria Pires, que fica na área da fazenda Guarapu, do Grupo Santa Tereza, ocupada desde julho de 2007.

Relatos de testemunhas revelam que, por volta das 19h, jagunços contratados por latifundiários da região entraram encapuzados no acampamento e metralharam os dois agricultores que jantavam no local.

A CSP-Conlutas se solidariza com os familiares, amigos(as) e militantes do MST e se soma à indignação contra esses brutais crimes.

O assassinato de mais dois trabalhadores e lutadores sociais demonstra, mais uma vez, que o latifúndio neste país não estabelece trégua com os trabalhadores do campo em relação às suas mínimas reivindicações, situação que, no próximo período, com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), tende a recrudescer cada vez mais.

O Brasil figura como um dos principais países onde mais se criminalizam os movimentos sociais com ameaças de prisão, processos por lutas em defesa de direitos classistas e também por morte de militantes. Isso atinge especialmente os (as) trabalhadores (as) do campo brasileiro e o MST tem sido, ao longo dos anos, um dos movimentos mais atingidos.

Nesse cenário, a Paraíba e o Nordeste são palcos de assassinatos de diversas lideranças e trabalhadores (as) camponesas, assim como de impunidade. Assim foi, por exemplo, com Nego Fuba, João Pedro Teixeira, Margarida Maria Alves, e agora, com Rodrigo e Orlando.

A situação demonstra aos (às) lutadores (as) que não é possível recuar na luta pela Reforma Agrária e contra o latifúndio e o agronegócio.

Fonte: CSP-Conlutas



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