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Unidades da UFRJ fecham as portas por falta de recursos



A crise na terceirização da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) — que já provocou o adiamento do primeiro período letivo — voltou com força estes dias. Por falta de pagamento aos funcionários terceirizados, a direção da Faculdade Nacional de Direito, já no fim da semana passada, anunciou que fecharia as portas a partir desta segunda-feira (11). Também hoje de manhã, a Congregação a Escola de Comunicação decidiu parar suas atividades e fechar a Unidade. A partir de quarta-feira (13), o Colégio de Aplicação só vai manter as aulas para os alunos do 3º ano do ensino médio.

A direção da FND informou que estão suspensas todas as atividades administrativas e de ensino, pesquisa e extensão, de graduação e de pós-graduação, até que a situação seja regularizada. Na ECO, o diretor Amaury Fernandes explicou: "Em Congregação (hoje, dia 11) com mais de 200 pessoas, entre técnicos, estudantes e professores, decidimos que não tem como funcionar dessa maneira. Eu não tenho nem limpeza, nem portaria e nem vigilância". Lá, outro fator colaborou para a decisão. Segundo ele, semana passada, ocorreram três furtos no local, verificados nas câmeras de segurança interna. Caso a Escola permanecesse aberta sem vigilância, o problema poderia se agravar: "Eu estou vendo a hora de acontecer algo mais grave, com aluno, professor ou servidor aqui dentro", desabafa o diretor. A unidade deve permanecer fechada até sexta-feira, caso os terceirizados não tenham os salários regularizados. Na outra segunda-feira, 18, nova reunião da Congregação reavalia a situação.

A diretoria do Colégio de Aplicação divulgou nota em seu site sobre a paralisação a partir de quarta (menos para o último ano do ensino médio): “Como não podemos compactuar com esta violação de direitos trabalhistas, nem conviver com a sujeira, insalubridade e insegurança, informamos que funcionaremos amanhã, dia 12 de maio, de maneira bastante precária, mas suspenderemos as atividades de ensino a partir da quarta-feira, 13 de maio, inclusive. Diante dessas circunstâncias, apenas os alunos do 3º ano do Ensino Médio continuarão em aulas”.

Reitoria da UFRJ responde sobre a crise

Em nota de esclarecimento divulgada na tarde desta segunda (11), o reitor Carlos Levi diz enfrentar, desde o início de 2015, dificuldades para honrar compromissos financeiros em virtude de o governo federal ainda repassar parcelas mensais inferiores ao proposto para o ano. “Apesar de a Lei do Orçamento da União ter sido aprovada no Congresso Nacional, espera-se até o dia 20 de maio pelo necessário decreto presidencial para que o orçamento seja efetivamente implementado”, diz um trecho da nota.

“Praticamente metade do orçamento anual de custeio da universidade (despesas correntes) corresponde ao pagamento de serviços terceirizados. Assim, qualquer irregularidade no repasse de verbas impacta no dia a dia da instituição e no comprometimento do pagamento das empresas. De qualquer maneira, mesmo diante das atuais adversidades, a UFRJ tem conseguido manter seus compromissos com as empresas responsáveis por esses serviços nos limites do seu direito, assegurado contratualmente, quitando, em até 90 dias, as dívidas com as empresas”, diz outro trecho.

A reitoria informa que, nesta segunda-feira (11/5) de manhã, ocorreu a liberação de novos recursos pelo MEC para negociar a volta da normalidade na prestação dos serviços de limpeza, segurança e manutenção.

Foto: Samantha Su

Fonte: Adufrj SSind



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