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Andes-SN contra repressão de seção sindical do Amapá



No início da semana, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) divulgou uma nota de repúdio relativa à atitude da Diretora Geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap). A diretora, professora Angela Irene Farias de Araujo Utizig, estaria agindo na tentativa de tentar impedir as atividades sindicais dos docentes da Ifap no campus de Laranjal do Jari.

A Seção Sindical do Ifap (Sindifap) foi fundada recentemente e ainda se encontra em vias de realizar a eleição de sua primeira diretoria efetiva. Porém, tal processo é ameaçado pela absurda decisão de Utizig de reprimir as manifestações sindicais dentro da instituição sem aviso prévio. O Andes-SN se posicionou veementemente contra a atitude da diretora e expressou seu apoio aos docentes da Sindifap. Confira abaixo a Moção de Repúdio do Andes-SN:


MOÇÃO DE REPÚDIO


A Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional, representando mais de 80.000 docentes em todo o território nacional, repudia veementemente a postura antidemocrática e antissindical da Diretora Geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do campus Laranjal do Jari, professora Angela Irene Farias de Araujo Utizig pelos motivos que se seguem:

Após a fundação da Seção Sindical do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - SINDIFAP - campus Laranjal do Jari, a diretoria provisória tem agido para construir um sindicato forte, combativo e atuante dentro do estado de direito. Neste sentido, organiza o processo para eleição da primeira diretoria efetiva segundo os trâmites da legislação pertinente e interage com os docentes interessados em participar do sindicato através de contato direto, divulgação em mídia e editais.

Entretanto, a Diretora Geral do IFAP campus Laranjal do Jari, professora Angela Irene Farias de Araujo Utizig, adota práticas que cerceiam direitos civis e sindicais dos docentes do campus.

Acusações sem fundamento, coação e desrespeito aos homens e mulheres que desenvolvem suas atividades na instituição como docentes têm sido uma constante na gestão da diretora. Esta total rejeição ao direito do cidadão e do trabalhador de expressar indagações, questionamentos e anseios foi, inclusive, a razão central que levou os docentes a discutir a criação de um sindicato.

Como forma de impedir a resistência ao seu modo de agir, a Diretora Geral decidiu reprimir toda manifestação sindical dentro de uma instituição pública federal. Para tanto, retirou do quadro de avisos da sala dos professores o Edital de Convocação para as eleições do SINDIFAP e afirmou que o Sindicato só teria permissão de divulgar e convidar os colegas a participar de alguma atividade sindical se a mesma tomasse conhecimento prévio dos fatos.

Tais ações cerceiam direitos que foram duramente conquistados, negam toda a jurisprudência nacional sobre o assunto, e desrespeitam normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT).


Brasília, 9 de agosto de 2011



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