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  08/10/2020



Docentes da UFPA paralisam ensino remoto pela nomeação de reitor



Professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) paralisam as atividades de Ensino Remoto Emergencial da instituição durante esta semana. A suspensão é um protesto da categoria contra a não nomeação do professor Emmanuel Tourinho, primeiro colocado na lista tríplice, como reitor da Universidade. A agenda de mobilização começa nesta quinta-feira (08/10), com uma carreata nas ruas de Belém.

 

A paralisação, iniciada na quarta-feira (07/10), foi definida em Assembleia Geral da Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa). A assembleia definiu, ainda, um calendário de mobilizações e autorizou a diretoria da Adufpa a tomar todas as medidas políticas e jurídicas cabíveis para garantir que o reitor escolhido pela comunidade universitária seja empossado pelo Ministério da Educação (MEC).

 

Além de paralisar as atividades, os docentes irão utilizar as aulas remotas em espaços de debates e diálogo com estudantes e a comunidade acadêmica sobre a necessidade de resistência a uma possível intervenção do governo federal na universidade. Na terça-feira (13/10), os docentes, em conjunto com servidores técnico-administrativos e estudantes, promovem um ato público na UFPA.

 

Segundo o diretor-geral da Adufpa, Gilberto Marques, as manobras do governo federal para não nomear o reitor eleito pela comunidade universitária são graves e representam uma agressão ao conjunto da sociedade. “Precisamos fortalecer a resistência contra qualquer intervenção do governo Bolsonaro na UFPA, e não mediremos esforços para fazer valer a democracia e a vontade de nossa comunidade”, garante.

 

Há mais de duas semanas após o encerramento de sua gestão à frente da UFPA, o reitor escolhido nas eleições internas para um novo mandato, com 92,7% dos votos, professor Emannuel Tourinho, ainda aguarda nomeação. O vice-reitor Gilmar Silva segue no comando da instituição até o próximo dia 10 de outubro e, caso Emmanuel não seja nomeado até esta data, a universidade corre o risco de ser comandada por um interventor, em um grave ataque à democracia universitária.

 

Foto: ADUFPA

 

Fontes: ADUFPA e ANDES-SN



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