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  30/07/2020



Unidade de classe para enfrentar ataques do governo é debatida durante o 8º Conad Extraordinário



A necessidade de impulsionar a unidade da classe para enfrentar o governo de ultradireita de Bolsonaro e os ataques à classe trabalhadora foi apresentada como central em discussão durante o 8º Conselho do ANDES-SN (Conad) Extraordinário, que teve início virtualmente nesta sexta-feira (30/07). O encontro debate a prorrogação do mandato da atual diretoria do Sindicato Nacional gestão 2018-2020 e se estende até 31 de julho.

 

 “Já ultrapassamos mais de 90 mil mortos e, infelizmente, a tendência é o crescimento desse número em um governo genocida, que se aproveita da pandemia para atacar cada vez mais os setores menos favorecidos, os mais pobres, moradores das periferias, negros, indígenas, entre outros. Além disso, ataca os direitos e as liberdades democráticas que temos. Vários desses ataques à classe trabalhadora, inclusive, em acordo com a maioria do Congresso Nacional”, disse o integrante do Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta por Direitos e Liberdades Democráticas, Mauro Puerro, que participou da Plenária de Abertura do Conad.

 

O componente da Secretaria Executiva Nacional (SEN) da CSP-Conlutas, Altino Prazeres, destacou a importância de se ter uma central independente, combativa e de luta neste momento de diversos ataques aos/às trabalhadores/as. “A CSP-Conlutas é uma central democrática, independente, de luta e que ajuda a organizar diversos setores, desde professores universitários, trabalhadores de diversos setores, metalúrgicos, químicos até movimentos populares. Cumprimos um papel importante neste período e a nossa ideia, agora, é fortalecer esse movimento, o processo de organização da CSP-Conlutas, verificar e corrigir os erros. Nós pressionamos as demais centrais para se manifestar em muitos momentos contra os governos. No dia 7 de agosto teremos manifestações pelo Fora Bolsonaro e Mourão’’, comentou.

 

Altino Prazeres ressaltou que, além do governo federal, diversos governos estaduais têm atacado movimentos populares e sindicais, os direitos dos/as trabalhadores/as e os/as desempregados/as. “O Estado se aproveita do contexto de crise econômica e pandemia para atacar particularmente os servidores públicos e, em especial, os professores. De qualquer forma há resistência, luta e organização que se expressam com a mobilização dos trabalhadores de aplicativos, com a greve dos metalúrgicos da Renault, com os professores do país inteiro se colocando contra a volta do ensino presencial neste período de pandemia para não colocar as suas vidas e de seus estudantes em risco, e a luta dos metroviários em São Paulo”.

 

Conad Extraordinário

 

O processo eleitoral, que escolheria em maio a nova diretoria da entidade para o biênio 2020-2022, foi suspenso pela Comissão Eleitoral Central (CEC) do ANDES-SN, em acordo com as chapas inscritas, em razão do isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19.

 

O presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, afirmou que o 8º Conad Extraordinário online se fez necessário por conta da excepcionalidade do momento. “A pandemia da Covid-19 tem ceifado milhares de vidas pelo mundo, desnudado a face mais cruel do capitalismo que coloca o lucro acima da vida, e tem nos feito refletir sobre a nossa relação com a natureza e os desafios do mundo do trabalho com a tentativa do Capital de fazer avançar agenda neoliberal”, disse.

 

Ainda segundo o dirigente, a realização de um Conad extraordinário online foi a escolha mais segura, transparente e de fácil acesso aos delegados, observadores e convidados para debater e referendar a prorrogação do mandato.

 

“Para chegar até aqui, estabelecemos um cronograma de ações sempre em diálogo com a CEC, a Assessoria Jurídica Nacional (AJN), o conjunto da diretoria e representantes dos setores das Federais, Estaduais e Municipais, os representantes das chapas que disputam a direção do ANDES-SN para buscarmos coletivamente uma alternativa para a manutenção do funcionamento do nosso Sindicato e da mobilização tão necessária ainda mais nesse momento de pandemia em que buscamos superar com muita solidariedade de classe. O ANDES-SN e as seções sindicais têm contribuído muito nesse aspecto e as nossa Instituições de Ensino Superior (IES) públicas do mesmo modo. Fizemos inclusive uma campanha ‘O que alguns chamam de balbúrdia, nós chamamos de produção de Conhecimento Público’ para dar visibilidade a nossa luta e as nossas IES públicas no Brasil”, completou.

 

Também compuseram a mesa da plenária de abertura a secretária-geral do ANDES-SN, Eblin Farage e a 1ª tesoureira do ANDES-SN, Raquel Dias. Em seguida, foi realizada a plenária de instalação, com aprovação do regimento, e do cronograma e pauta. 

 

Fonte: ANDES-SN com edição da ADUA



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