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  17/11/2022



14º Conad Extraordinário do ANDES-SN indica desfiliação do Sindicato Nacional da CSP-Conlutas



 

Docentes reunidos(as) no 14º Conselho do ANDES-SN (Conad) Extraordinário aprovaram o encaminhamento de desfiliação do Sindicato Nacional da CSP-Conlutas ao 41º Congresso Nacional do ANDES-SN. Foram 37 votos a favor, 22 contrários e 05 abstenções. A decisão ocorreu no domingo (13), durante a plenária do Tema 2 - Questões Organizativas: "CSP-Conlutas: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação da Central". O encontro foi realizado na sede da Associação dos docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), nos dias 12 e 13 de novembro.

 

O 14° Conad Extraordinário reuniu 236 pessoas, sendo 69 delegados e delegadas, 116 observadores e observadoras, 31 diretores e diretoras, 8 convidados e convidadas.

 

Três docentes representaram a ADUA no Conselho. Como delegado esteve presente o 2º vice-presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira; como observadora, a presidente da ADUA, professora Ana Lúcia Gomes; e como observador, o professor do ICSEZ, Gladson Rosas. Dentre as 75 seções sindicais presentes, a ADUA foi uma das que se posicionou em defesa da permanência do ANDES-SN na CSP-Conlutas.

 

 

 

A diretora do ANDES-SN, professora Rosineide Freitas (UERJ), foi uma das docentes a defender a desfiliação da Central Sindical. “Primeiro que há uma leitura de que é um instrumento construído com base no sindicalismo, mas também na atuação popular que congrega movimento estudantil, pessoas que não estão organizadas em postos de trabalhos formais. Isso é importante. E também sinalizamos que a CSP-Conlutas esteve com a gente em algumas frentes, mas que alguns posicionamentos dentro de uma estrutura engessada de organização da Central não contribuem para nossa articulação para fora, com as entidades da educação e de outros setores da classe trabalhadora e, por isso, a nossa indicação de avançar nessa avaliação no sentido de pensar efetivamente sobre a manutenção da filiação”.

 

O delegado da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira, em sua exposição, questionou: “Qual é a razão que nós temos para a saída, para a desfiliação? A CSP rompeu com algum princípio ético? Com algum princípio político? A CSP pode ser acusada de traição de classes? Por que simplesmente falar de falta de enraizamento?”

 

A partir dos diferentes posicionamentos levantados no debate, também foi deliberada a realização de um seminário, a ser realizado em 2023, com objetivo de aprofundar as reflexões sobre a reorganização da classe trabalhadora, que atenda os desafios dos atuais cenários, no sentido de fortalecer os espaços de luta.

 

Moções

 

Na plenária de encerramento, foram aprovadas moções encaminhadas pelos e pelas participantes e pela diretoria do ANDES-SN. Na ocasião, o professor José Alcimar comunicou o falecimento da ex-diretora da ADUA, professora Graça Barreto, ocorrido no domingo (13). A plenária acolheu o informe como moção, a qual foi aprovada em plenária.

 

Foram aprovadas, ainda, moções sobre o resultado das eleições presidenciais, com destaque para vitória do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva; pela visibilidade de pautas antirracistas; de solidariedade à professora Isabel Grassioli, que sofreu violência apolítica; de repúdio ao processo de privatização da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre outras.

 

A mesa de encerramento foi composta pela presidente do ANDES-SN, Rivânia Moura, pela secretária-geral, Regina Ávila, pelo 1º tesoureiro Amauri Fragoso, pela 1ª vice-presidente Regional Rio de Janeiro, Elizabeth Barbosa, e pela presidente da ADUnB, Eliene Rocha.

 

A presidente do ANDES-SN, Rivânia Moura, encerrou o encontro reforçando a necessidade de aprofundar discussões sobre a reorganização de classe trabalhadora e enfrentar os retrocessos vivenciados. “Saímos deste Conad com a tarefa ainda mais urgente de permanecer nas ruas, em luta, construindo unidade e combatendo o fascismo em todas as suas refrações”.

 

Primeiro dia

 

A programação do 14º Conad Extraordinário começou com apresentação cultural da artista recifense Martinha do Coco Paranoá, no sábado (12). Ainda na manhã do primeiro dia de encontro, foram realizadas as plenárias de Abertura e de Instalação, para aprovação do cronograma das atividades.

 

A Mesa de Abertura foi composta por representantes da direção do ANDES-SN: a presidente Rivânia Moura; a secretária-geral do Sindicato Nacional, Maria Regina Ávila; o 1º tesoureiro, Amauri Fragoso, e a 1ª vice-presidente da Regional Planalto, Neila Nunes.

 

Também estiveram presentes o membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela; o diretor do Sinasefe, David Lobão; represente da Fasubra, Márcia Abreu de Silva; e integrantes dos movimentos estudantis: União Nacional dos Estudantes (UNE) representada por Ísis Mustafá; da Fenet, Caio Sad; e do Diretório Estudantil da UnB, Mona Rodrigues. A Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) foi representada por Mateus Magalhães e a ADUnB pela presidente da Seção Sindical, Eliene Novaes.

 

Os e as participantes da mesa comemoraram a vitória contra o fascismo nas urnas nas eleições e enfatizaram que o cenário exige o fortalecimento da luta contra a extrema direita do Brasil.

 

 



Conjuntura

 

Na tarde do sábado (12), foi realizada a Plenária do Tema I “Conjuntura e Movimento Docente”. Em diversas falas foi frisado o protagonismo do ANDES-SN na luta pela superação dos processos de exploração e opressão. Os e as docentes ressaltaram o agravamento dos ataques contra educação e contra as minorias, o que acende o alerta para o entendimento de que houve uma derrota eleitoral de um governo fascista, mas que não houve a derrota de um pensamento fascista, misógino, LGBTfóbico e racista, concluindo-se que os movimentos de resistência devem ser fortalecidos.

 

Representantes dos Textos de Resoluções (TRs) encaminhados também adiantaram posições favoráveis e desfavoráveis à permanência do ANDES-SN na CSP-Conlutas.

 

Também como parte da dinâmica, 24 docentes foram escolhidos(as) por meio de sorteio, respeitando a paridade de gênero, para contribuição no diálogo sobre o tema.

 

Na noite de sábado (12), os e as participantes do 14º Conad Extraordinário também se reuniram em grupos mistos para debater o Tema II “Questões Organizativas – CSP-Conlutas: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação à Central”. O resultado das discussões é retomado durante todo o domingo (13), na plenária do tema.

 

 

 

Ato simbólico  

 

A ADUA somou forças no “Ato em defesa da democracia e pela luta antirracista no Brasil: Com Racismo, não há democracia”, realizado na tarde de sábado (12), em conjunto com demais participantes do 14º Conad Extraordinário.

 

 

Em caminhada, os e as docentes seguiram da sede da ADUnB até a Praça Chico Mendes, na UnB. Com poesias e músicas, a mobilização ocorreu em alusão ao mês de celebração do Dia da Consciência Negra, como atividade simbólica contra o racismo. A ação objetiva reafirmar a defesa das políticas de cotas e ações afirmativas e a memória das lutas do povo preto.

 

 

Fotos: Sue Anne Cursino/ ASCOM ADUA 

 

Fontes: ADUA 

 

 



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