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  25/11/2021



ADUA participa de ato público em defesa das mulheres em Parintins



Crédito: Phelipe Reis

 

Em solidariedade às mulheres assassinadas, silenciadas em seus direitos e vítimas da covid-19, movimentos sociais realizaram ato público para marcar o Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres, em Parintins (AM), na manhã deste 25 de novembro. Foram feitas falas públicas contra a violência obstétrica, a exploração do trabalho doméstico, o feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres, além de panfletagem e plantio de aroeiras.

 

A 2ª secretária da ADUA, professora Valmiene Florindo, esteve presente e afirmou que a seção sindical fortalece o grito de basta contra a violência à mulher em todos os espaços. “Mesmo com todos os avanços nos campos das políticas públicas e no âmbito jurídico, ainda permanecemos silenciadas e somos alvos dos ataques da sociedade patriarcal, machista, misógina, racista e opressora. São milhares de mulheres em Parintins e em todo o mundo que se sentem inseguras em casa e na rua, são expostas a todo tipo de agressão e tem suas vidas ceifadas. Chega! Basta! Todas temos direito à vida e à liberdade!”, afirmou.

 

A ativista, educadora popular e pesquisadora de conhecimentos tradicionais da Amazônia, Fátima Guedes, explica que a aroeira (Myracrodruon urundeuva) foi escolhida devido o simbolismo dessa planta.

 

“A aroeira é uma espécie feminina. Ela é conhecida na mística das sociedades matrifocais, é uma espécie que cura as feridas femininas, do corpo, da alma, da intelectualidade, e ela produz flores masculinas e femininas.  Ela reúne em si os extremos da sexualidade, da nossa essência humana. E ela era usada também pelas parteiras tradicionais. Após o parto elas faziam banho de assento da casca de aroeira. Ela é uma espécie altiva, soberana, e não se deixa sufocar por nenhuma espécie (...).  Nós a escolhemos como uma referência dessa data, para que a simbologia da aroreira traga a todas nós mulheres essa potencialidade, essa força e consciência de que nós somos um centro de equilíbrio das forças que nos regem”.

 

Crédito: Valmiene Florindo 

 

O protesto ocorreu ao lado do abrigo das mulheres vítimas de violência, que está em reforma, e faz parte do complexo da Delegacia especializada em crime contra mulher, criança, adolescente e idoso.

 

A atividade foi organizada pelas entidades Articulação Parintins Cidadã, Teia de Educação Ambiental e Interação em Agrofloresta, Coletivo Mulheres de Fibra da Amazônia, Associação de Mulheres Vitória Régia, Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde, Associação do Movimento de Mulheres da Amazônia e Marcha Mundial das Mulheres. 

 

Crédito: Valmiene Florindo 

 

Crédito: Phelipe Reis 

 

Foto: Phelipe Reis

 

Fotos: Phelipe Reis e Valmiene Florindo

 

Fonte: ADUA

 

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