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  14/07/2021



Trabalhadores protestam contra venda dos Correios; ANDES emite nota de repúdio à privatização



Trabalhadores e trabalhadoras dos Correios realizaram, na terça-feira (13), um ato nacional contra a venda da empresa pelo governo Bolsonaro. Foram registradas manifestações em Brasília (DF) e mais 47 cidades de 17 estados. Parte do calendário de manifestações contra os ataques de Jair Bolsonaro à população, o dia 13 de julho foi apoiado pelo ANDES-SN, que também emitiu uma nota de repúdio à privatização do Correios.

 

Na capital federal, a mobilização ocorreu em frente à sede dos Correios. A delegação da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas) – a qual a ADUA integra – participou do ato.

 

“Realizamos um ato importante e histórico para debater e denunciar a privatização dos Correios e também toda pauta da Reforma Administrativa (...) A política deste governo é de destruir as estatais e retirar direitos dos trabalhadores e da população em geral. Por isso, hoje também reforçamos a importância dos atos pelo Fora Bolsonaro e convocamos todos para a próxima mobilização no dia 24 de julho”, afirmou o dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Geraldinho Rodrigues.

 

Além de ativistas de sindicatos integrantes da Fentect, participaram das atividades em todo país categorias como bancários, eletricitários, vigilantes, servidores, movimento estudantil e parlamentares contrários à privatização.

 

Na nota de repúdio, a diretoria do ANDES-SN afirmou que "a privatização dos Correios significa mais um passo na subserviência do estado brasileiro ao capital, transformando nosso patrimônio e os serviços prestados para a população em mercadoria, fazendo com que as empresas privadas possam lucrar ainda mais, enquanto, as trabalhadoras e os trabalhadores pagarão o preço por essa política entreguista". Leia o documento completo aqui


Venda total

 

O Projeto de Lei (PL) 591, que trata da venda de 100% dos Correios, já está na pauta da Câmara dos Deputados e pode ser votado a qualquer momento. A intenção do governo é que o texto seja avaliado antes do recesso parlamentar que inicia na sexta-feira (16).

 

Com o plano de realizar o leilão da estatal em março de 2022, o Planalto trata a votação no Congresso como prioridade. Devido à pressão do governo, trabalhadores e trabalhadoras permanecerão mobilizados e mobilizadas e em estado de alerta durante toda a semana.

 

Na pauta de mobilizações está inserida também a campanha salarial da categoria. Na última rodada de negociação, a direção dos Correios se negou a oferecer qualquer reajuste salarial, além de insistir em pontos prejudiciais à categoria como o banco de horas.

 

Fonte: com informações da CSP-Conlutas

 

Foto: CSP-Conlutas 



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