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  21/01/2021



Fórum Social Mundial debate o mundo pós-covid, a partir do próximo sábado



 

 

Como será o mundo no período pós-Covid-19? Esse é o principal questionamento do Fórum Social Mundial 2021, que traz uma conclusão prévia: não se pode abrir mão da soberania dos Estados no plano econômico. Com a participação do ANDES-SN, o encontro será realizado virtualmente de 23 a 31 de janeiro. Criado no Brasil em 2001, o fórum é responsável por promover políticas públicas em diversos países.

 

“A pandemia revalorizou o papel das gestões públicas, o papel do Estado, o papel do bem comum. São papéis sempre combatidos pelas políticas neoliberais, por aqueles que querem privatizar tudo. Como se o mercado, que visa ao lucro, pudesse dar solução a problemas que são do bem comum. A maior lição política que a pandemia ensinou ao mundo é que é necessário fortalecer o bem comum, fortalecer os sistemas de saúde pública, é necessário ter solidariedade internacional”, afirma o co-fundador do Fórum Social Mundial, o jornalista Carlos Tibúrcio.

 

Abertura e temas

 

A tradicional marcha que abre o fórum será substituída por exibição de vídeos de lutas sociais no planeta e realização de um painel global sobre o tema “Qual o mundo que queremos hoje e amanhã”, com a participação de conferencistas e ativistas de todo o mundo.

 

Após a abertura, serão realizados, nos seis dias de evento, cinco painéis temáticos: Paz e Guerra; Justiça Econômica; Educação, Comunicação e Cultura; Feminismo, Sociedade e Diversidade; Povos Originários e Ancestrais; Justiça Social e Democracia; e Clima, Ecologia e Meio Ambiente. Os debates ocorrerão entre as 14h e 16h (horário de Brasília).

 

O ANDES-SN participa do Fórum Social Mundial no dia 27, das 18h às 20h na mesa com tema “A centralidade da luta antirracista e anticisheteropatriarcal na contemporaneidade pandêmica e pós-pandêmica e o papel das Universidades, Ifes e Cefet’.

 

As mulheres terão uma mesa específica para debater o impacto da pandemia no mundo feminino. “(...) no Brasil aumentou o caso de feminicídio, foi uma coisa assim absurda. Isso também impacta. Quer dizer, se nós já tínhamos a dupla jornada de trabalho, você imagina agora as mães, além da jornada do trabalho doméstico, do trabalho em home office, ainda tem que ser professor em casa, com seus filhos”, comentou a coordenadora da União Brasileira de Mulheres, Liege Rocha.

 

Convidados

 

Entre os participantes já confirmados estão a professora, filósofa, escritora e ativista antirracista norte-americana Angela Davis e o ex-presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva. O continente africano será representado pela escritora malinesa Aminata Traoré.

 

Pela Europa, falará o ex-ministro de Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis. Da Ásia se manifestarão o ambientalista indiano Ashish Kothari e a professora Leila Khaled, da Frente Popular pela Libertação da Palestina.

 

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo pretendem realizar um protesto contra os desmandos e autoritarismos do governo de Jair Bolsonaro.

 

As inscrições podem ser feitas pelo site wsf2021.net. Na página também é possível acompanhar a programação completa e a relação dos painelistas, além de cadastrar propostas e iniciativas para serem discutidas.

 

Fontes: Rede Brasil Atual e Brasil de Fato com edição da ADUA



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