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Marcha à Prefeitura de Manaus será nesta quarta (24)



Movimentos populares e sindicais realizam nesta quarta-feira (24), a partir das 8h, uma marcha na Avenida Brasil, zona Oeste da capital, rumo à Prefeitura de Manaus. A manifestação, pacífica, visa cobrar do poder público melhorias para a população amazonense, principalmente em segmentos cujos serviços são considerados de baixa qualidade, como transporte, a saúde e o fornecimento de água – esse último ocupou lugar de destaque na mídia local, em virtude do rompimento de adutoras em vários pontos da cidade.

A concentração dos manifestantes ocorrerá nas imediações do Memorial da Ponte sobre o Rio Negro, localizado na Avenida Brasil. O ato público acompanha a Marcha a Brasília, que também será realizada nesta quarta na capital federal e que deve reunir servidores e representantes de diversas categorias dos setores público e privado, bem como movimentos sociais e populares em ato contra a política econômica do Governo Federal.

Em Manaus, a manifestação é organizada pela Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), com apoio da Adua, do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), do Movimento de Luta Popular (MLP), do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior/Regional Norte1 (Andes-SN/Norte 1), da Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre, e dos movimentos de oposição às diretorias dos Sindicatos dos Correios (Sintect) e dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam).

Concentração x Desigualdades

Carta-convite elaborada pela CSP-Conlutas destaca que a capital é a sexta cidade mais rica do país, com um Produto Interno Bruto (PIB) anual superior a R$ 40 bilhões e renda per capita na faixa dos R$ 27 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas Manaus “despenca” na lista quando são considerados os indicadores sociais. No ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a cidade aparece somente em 19º entre as capitais e ainda na 1207ª posição quando se levam em conta todos os 5.565 municípios brasileiros.

“Frente a este paradoxo, os governantes se omitem e fecham os olhos para os graves problemas que se agigantam a cada dia como a locomoção de pessoas, de veículos e cargas, a moradia popular que oficialmente acumula um déficit superior a 60 mil unidades, que junto às outras com inadequação e problemas fundiários ultrapassam as 240 mil unidades. Os baixos salários, a destruição da educação pública e os deficientes serviços de saúde e saneamento básico formam um cenário em que a população carente, as crianças, a juventude e os trabalhadores são os mais prejudicados”, diz trecho da carta.

No ato público, conforme os organizadores, todos os problemas sociais serão destacados em falas das entidades participantes da marcha e listados em uma pauta de reivindicação coletiva que inclui vários eixos. A marcha está prevista para encerrar às 11h.

Fonte: Adua



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