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Após ato fúnebre, professores ressuscitam educação e entregam carta à Dilma



Como parte das ações de intensificação da greve e pressão pela reabertura de negociação, os professores federais em greve realizaram na quinta-feira (16) um cortejo fúnebre na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), com a encenação da morte e ressurreição da Educação Pública em frente ao Congresso Nacional.

Após o ato, os docentes caminharam até o Palácio do Planalto, onde protocolaram uma carta à Presidente Dilma Rousseff. No documento, pedem “a retomada das negociações a fim de que tenhamos avanços em relação ao plano de carreira e às condições de trabalho”.  O texto recorda ainda que, durante sua campanha eleitoral, a presidente ressaltou que não “se pode estabelecer com o professor uma relação de atrito quando esse pede melhores salários, recebê-lo com cassetete ou interromper o diálogo”.

Atividade

A manifestação desta quinta faz parte da Jornada de Lutas, que os servidores públicos federais realizam de 13 a 17 de agosto em Brasília. A atividade teve início pela manhã em frente ao Ministério da Educação, com fala de representantes de várias entidades e ainda a saudação do mineiro espanhol, Jose Gonzalez Marin. O líder sindical está no País a convite da CSP-Conlutas e a tarde participou de um debate na tenda do acampamento dos servidores, no gramado central.

Durante as falas, os servidores da Capes, CNPq e do Ministério de Ciência e Tecnologia, que também estão em greve e passaram pelo local realizando manifestação, se juntaram ao ato. Após as intervenções, teve início a aula pública sobre técnicas teatrais e vocais, que seriam usadas durante a encenação.

Depois de praticarem os cânticos do cortejo fúnebre, os professores, estudantes e técnicos saíram em marcha fúnebre do MEC em direção ao Congresso, fechando duas pistas do Eixo Monumental. Manifestantes caracterizados de Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante, Miriam Belchior e Sergio Mendonça carregavam o caixão da educação pública.

Carpideiras iam atrás aos prantos, seguidas por uma procissão que levava cruzes com as iniciais de todas as Instituições Federais de Ensino. Durante o trajeto, vários motoristas e pedestres aplaudiram a manifestação, em demonstração de apoio.

Em frente à placa do Congresso Nacional, eles simularam o enterro da educação pública, que ressurgiu salva pela luta dos docentes, técnicos e estudantes em greve. Ao final, já em ritmo de marchinha de carnaval, os manifestantes comemoraram o resgate da Educação Pública de qualidade e fincaram as cruzes no gramado em frente ao prédio parlamentar.

Carta à Dilma

De lá, seguiram para o Palácio do Planalto, onde, após longa espera, uma comissão composta por representantes do Andes-SN, dos Estudantes, do Sinasefe e da CSP-Conlutas, foi recebida pelo assessor de relações públicas da Secretaria-Geral da Presidência, Wlamir Martinez. Leia aqui o documento.

Ele se comprometeu a encaminhar o documento ao Ministro Gilberto Carvalho e à Presidente. Martinez disse ainda que buscaria contato com pessoas dentro do MEC, no intuito de conseguir a reabertura de negociação.

Nesta sexta-feira (17), os docentes participam da Plenária Unificada dos Servidores Públicos Federais, na tenda do acampamento, em frente à Catedral, que irá marcar o encerramento das atividades da jornada de lutas.

Fonte: Andes-SN



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