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Andes denuncia simulacro de acordo em coletiva



A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva Oliveira, e o coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Gutenberg de Almeida, responsabilizam o governo pela continuidade da greve, já que a proposta assinada com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) não atende às reivindicações da categoria.

“Ficamos indignados quando o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, afirmou que assinaria um acordo apenas com uma entidade, justamente a que tem uma parceria histórica com o governo”, afirmou Marinalva Oliveira, em entrevista coletiva concedida à imprensa, nesta quinta-feira (2), em Brasília (DF).

Para o Andes-SN, essa postura significa que em nenhum momento o governo tinha a intenção de negociar efetivamente com a categoria. “Na verdade, não houve diálogo com a nossa proposta, apresentada há mais de dois anos, já que o que foi proposto mantém a desestruturação da carreira. O que ocorreu foi um simulacro de acordo”, explicou a representante dos professores.

O governo constituiu a mesa de negociação com o objetivo de que todas as entidades legitimassem a proposta do governo, mas em nenhum momento houve a intenção de abrir mão das suas posições. Como não conseguiu a adesão do Andes-SN e do Sinasefe, ele criou um factóide, que foi a assinatura do acordo apenas com uma entidade.

Diante dessa situação, o Andes-SN vai orientar a categoria pela rejeição da proposta acordada entre o governo e a outra entidade, pelo fortalecimento da greve e pela insistência no diálogo. “Tanto que, mais uma vez, solicitaremos audiências com os ministros do Planejamento e da Educação”, adiantou.

Questionada se a greve não levaria ao cancelamento do semestre nas Ifes, a presidente do Andes-SN ressaltou que o governo deve ser o único responsabilizado por eventuais problemas no semestre letivo, já que há mais de dois anos a proposta do sindicato foi apresentada e apesar de a greve ter sido iniciada no dia 17 de maio, a primeira reunião para tratar da pauta só ocorreu em 13 de julho.

Fonte: Adua



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