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Faculdade de Medicina da Ufam adere à greve



Os cinco departamentos da Faculdade de Medicina votaram pela adesão à greve nacional dos professores federais. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (28), no auditório Dr. Zerbini. Durante reunião setorial, que contou com a participação de 160 pessoas, entre docentes e estudantes, foram selecionados dois professores de Medicina para compor Comando Local de Greve (CLG).

No departamento de Clínica Cirúrgica, a assembleia teve 20 votos, sendo apenas dois contra e um de abstenção, informou o professor Gerson Nakagima. “Essa luta não é uma questão de salário, é uma questão de docência, de carreira, de formação. Nós vivemos um rodízio de professores substitutos porque ninguém quer se candidatar a professor de carreira, com dedicação exclusiva. Às vezes são ex-alunos, médicos formados por nós que não querem prestar esse serviço”, ressaltou o docente.

O vice-diretor da faculdade, o professor Cláudio Chaves, reforçou a legitimidade da paralisação devido à precariedade em que se encontram as questões estruturais da Ufam o que, segundo o docente, reflete diretamente no ensino e na pesquisa. “Fui da quarta turma de medicina, estou há 40 anos na universidade. Sem essas ações é, praticamente impossível, nós conseguirmos mudanças. Só faço uma ressalva para que nós possamos avaliar questões relativas às essencialidades”, declarou.
  
Apoio estudantil

Durante a reunião, os estudantes manifestaram, por meio da leitura de um ofício, apoio à greve dos professores. Conforme o documento, 208 alunos participaram da assembleia realizada pelo Centro Acadêmico de Medicina, na última sexta-feira (25). Deste total, 185 estudantes votaram a favor da greve.

A única ressalva descrita no ofício é a solicitação dos alunos para que as atividades do internato - que é uma espécie de estágio do curso de medicina com atendimento médico -, bem como as atividades do 9º período, sejam mantidos. Segundo o documento, “os alunos acreditam em sua essencialidade perante o serviço público, principalmente devido às consequências geradas pela sociedade no atraso da graduação de um terço de seus médicos em formação”.

Para analisar o pedido dos alunos, a Comissão de Ética e Essencialidades irá se reunir nesta segunda-feira (28), às 14h, na sede da Adua. A reunião contará com a participação dos professores do curso de Medicina, Alexandre Miralha e Selma de Jesus Cobra, que foram eleitos durante a setorial para compor a comissão.            



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