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  01/06/2020



Pesquisadores/as da Ufam, Inpa, UEA, UFMG e Instituto Butantan analisam afrouxamento do isolamento social



Um grupo de pesquisadores(as) da Ufam, Inpa, UEA, UFMG e Instituto Butantan emitiu, no dia 27 de maio, uma nota técnica de avaliação e diretrizes para tomada de decisões frente à pandemia da Covid-19 em Manaus. Os(as) pesquisadores(as) alertam que “a retomada das atividades pode colapsar não apenas o sistema de saúde do município, mas interferir no grau de risco para todo o Estado do Amazonas, dada a concentração de UTIs na cidade de Manaus”.

 

Inicialmente, a nota destaca que, conforme as análises, até 14 de maio, entre 10% e 15% da população pode ter sido infectada (coincide com a pesquisa nacional da UFPEL), o que invalida a hipótese de “uma imunidade de rebanho para a cidade e que a população está longe de adquirir tal imunidade”, alertam.

 

Isso significa, destacam os(as) pesquisadores(as), que, caso não sejam adotadas medidas de isolamento social mais rigorosas, os sistemas de saúde de Manaus e, consequentemente, de todo o Amazonas podem voltar a colapsar. “Escalonar o retorno ao trabalho baseado no aumento da imunidade de rebanho ou na suposição de que a população poderia ter atingido a imunidade de rebanho, pode resultar em retorno da propagação exacerbada da pandemia”, afirmam.

 

Os/As pesquisadores(as) observam também que a estabilização no número de óbitos nos últimos dias de abril e primeiros dias de maio foi conquistada devido a quatro fatores: 1) redução do contato entre pessoas com o fechamento de escolas, igrejas, etc; 2) utilização do uso de máscaras; 3) aumento da capacidade hospitalar (número de leitos, mais profissionais da saúde; melhora na organização do fluxo do atendimento); e 4) interrupção de transporte intermunicipal e interestadual de pessoas (fluvial, aéreo e rodoviário).

 

Na nota, os/as especialistas enfatizam que, apesar de o distanciamento social ter tido uma adesão limitada (entre 40% e 60%, dependendo das diversas medições), ajudou “a evitar um cenário ainda pior no número de óbitos por Covid-19 durante o mês de abril”.

 

Entre as recomendações dos(as) pesquisadores(as) estão: 1) isolamento social mais rigoroso por, pelo menos, quatro semanas em Manaus, que concentra a maior parte dos leitos de UTI; 2) aplicação de testes aleatorizados na população em geral para monitorar os parâmetros da epidemia e fornecer informações precisas para a tomada de decisões no gerenciamento da crise; 3) não abertura do comércio e da retomada do transporte intermunicipal e interestadual, com a finalidade de diminuir o contágio e o número de óbitos em Manaus; 4) manutenção do fechamento de templos, igrejas, etc.; 5) especial atenção à população indígena e carcerária.

 

Confira o relatório completo aqui

 

Foto: Amazônia Real

 



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