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Comando de greve dos professores protocoliza decisão da categoria na reitoria da Ufam



A coordenação do Comando Local de Greve (CLG) dos professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) protocolizou, na tarde desta terça-feira (15), no gabinete da Reitoria, a decisão de paralisação das atividades, por tempo indeterminado, aprovada em Assembleia Geral na sede da Adua. Os docentes confirmaram, sem nenhum voto contra, adesão à greve nacional das universidades públicas federais, que começa nesta quinta-feira (17).

De acordo com o presidente da Adua, Antônio Neto, a protocolização atende a uma recomendação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), do ponto de vista da legalidade do movimento paredista. “Com esse ato, nós cumprimos o dispositivo legal de informar à Reitoria a deliberação dos professores pela greve”, disse.

Depois de cumprir essa exigência, os docentes voltaram a se encontrar na sede da Adua e definiram, durante a 1ª reunião do CLG, o calendário de ações dos professores durante o período em que a greve durar. A primeira atividade já começa nesta quarta-feira (16), com a ampla divulgação da decisão da categoria nas unidades acadêmicas da Ufam em Manaus e fora da capital.

“Vamos aproveitar a próxima reunião do Conselho Departamental para repassar as informações do movimento e ainda buscar adesão de outros colegas à greve”, disse o João Libardoni, professor da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff), um dos 32 docentes integrantes do Comando. Essa é uma das estratégias aprovadas pelo CGL para fazer com que a greve ganhe apoio de mais trabalhadores nos próximos dias.

Ainda quarta-feira, uma comitiva da Adua participará da Assembleia dos professores na unidade acadêmica da Ufam em Itacoatiara, prevista para começar às 10h. O objetivo é justamente intensificar o processo de mobilização também nos municípios onde a Universidade está presente. Já na quinta-feira (17), outro representante da Associação repassará os encaminhamentos aos docentes em Parintins.

Além disso, o CGL aprovou a criação de quatro comissões, entre elas, a de comunicação, para manter atualizadas as informações a respeito das atividades organizadas e executadas também em Benjamin Constant, Humaitá e Coari, bem como nos outros municípios citados antes. Essa comissão também será responsável pela elaboração de um boletim oficial, com intuito de manter a categoria informada sobre os desdobramentos da greve.

Aliadas à comunicação, as comissões de programação e eventos, de ética e essencialidades, e jurídica, deverão dar conta das atividades do movimento paredista, uma vez que a greve definida pela categoria é de ocupação do Campus Universitário e não de esvaziamento.

Deflagração da greve
– Durante a manhã desta terça-feira (15), mais de 150 pessoas, entre técnicos, alunos e professores participaram da Assembleia Geral dos docentes, na qual cerca de 90 docentes decidiram pela deflagração da greve, a partir desta quinta-feira. Na Ufam, a última greve ocorreu em 2005 e durou cerca de 70 dias.

A principal bandeira de luta dos professores federais é a reestruturação da carreira docente, aprovada durante o 31º Congresso do Sindicato Nacional, que ocorreu no mês de janeiro em Manaus. A pauta foi protocolada junto aos órgãos do governo e está prevista no acordo firmado em 2011, que ainda não foi cumprido pelo governo federal. “Ontem (nesta segunda-feira), a presidente Dilma Rousseff aprovou o reajuste de 4% para os professores, mas este valor sequer compensa as perdas que tivemos com esses últimos anos de inflação”, ressalta o 2º tesoureiro da Adua, professor Luiz Fábio Paiva.

A categoria reivindica carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Hoje, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51, para uma jornada de 20 horas semanais.

Fonte: Adua



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