Data: 17/09/2019
A resistência militante na Universidade Federal do Ceará (UFC) segue firme após Bolsonaro intervir na nomeação do reitor. Universitários ocuparam a reitoria da instituição, impedindo a entrada do indicado por Jair Bolsonaro. Cândido Albuquerque, o candidato menos votado, recebeu 610 votos (um total de 5%), 7 mil a menos do que o primeiro colocado.
De acordo com os integrantes do grupo que ocupa a reitoria e compõe o Comitê pela Autonomia Universitária, a ocupação tem programação diária de aulas, debates, atos e oficinas, e para eles, a falta de diálogo com o governo é prejudicial. A ocupação começou em agosto. Esse é mais um caso da intervenção do governo na autonomia universitária.
Thaís Oliveira, de 20 anos, acadêmica do curso de Direito, diz que a atitude do governo e do reitor são antipáticas, uma vez que Cândido solicitou com urgência uma reintegração de posse. “Ele foi o candidato menos votado em consulta à comunidade acadêmica que definiu a lista tríplice enviada a Bolsonaro. A primeira forma de diálogo que ele tem com a comunidade é ação judicial. Ação judicial é coisa que a gente entra na última instância de resolução dos nossos problemas. Não houve contato, nem conversa com os estudantes", declarou.
Segundo informações do Jornal “O Povo”, os gabinetes de pró-reitoria estão funcionando com a presença dos novos pró-reitores nomeados por Cândido.
Fonte: Jornal O Povo com edição da ADUA-SSind.
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