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Estudantes da UFSC decidem entrar em greve contra bloqueio de recursos na universidade



Data: 11/09/2019

Estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiram, na terça-feira (10), fazer uma greve geral estudantil. A deliberação ocorreu em uma assembleia em frente à reitoria da universidade, em Florianópolis.

Desde a semana passada, mais de 50 cursos já haviam aderido à paralisação ou entrado em estado de greve. Com a greve geral estudantil, os alunos pretendem pressionar pela liberação de recursos bloqueados no orçamento da UFSC que ameaçam a continuação das atividades da instituição até o final do ano.

Os estudantes da UFSC são os primeiros do país a decidirem por greve por causa dos cortes no orçamento das universidades públicas. Por todo o país, as instituições federais sofrem com os bloqueios de recursos feitos em maio pelo governo federal. No Ceará e no Oeste de SC, há estudantes envolvidos em paralisações em protesto contra as nomeações de reitores que não foram os eleitos nos processos internos de votação.

Na assembleia, os estudantes da UFSC defenderam uma paralisação nacional da educação que ocorresse a partir da mobilização dos alunos da instituição catarinense.

A votação que definiu a greve geral foi feita por estudantes com cédulas que os alunos receberam no início da assembleia ao fazer um credenciamento. Antes, cerca de 20 estudantes que se inscreveram fizeram discursos, com sugestões de medidas também sobre outros temas, como a manutenção ou não da realização do vestibular e a pressão contra a sequência do projeto "Future-se", proposto pelo governo federal.

A assembleia que definiu a greve dos estudantes a partir de terça-feira começou por volta das 13h, em frente à reitoria. Universitários formaram longas filas para se inscrever e retirar uma cédula amarela. Foi com esse papel que os estudantes sinalizavam o apoio ou rejeição aos mais de 50 encaminhamentos sugeridos por alunos ao longo da reunião. Muitos dos acadêmicos que estavam na calçada e nos gramados da universidade, debaixo de um forte sol, usavam camisetas de cursos ou com dizeres em defesa de luta pela educação.

Após uma hora e meia de assembleia, os estudantes ergueram praticamente de forma unânime os papéis amarelos que sinalizavam o apoio à greve geral estudantil. Além da greve, aprovada por ampla maioria, a assembleia definiu outros encaminhamentos.

Entre eles estão outras defesas que os estudantes devem fazer ao longo da greve, como a reversão no corte de bolsas do CNPq, a rejeição ao programa "Future-se", a manutenção do Restaurante Universitário (RU) aberto, a readmissão de funcionários terceirizados que foram demitidos após a UFSC ter que revisar contratos de serviços por conta da redução orçamentária, além de manifestações de apoio à Universidade Federal de Fronteira do Sul (UFFS), que protesta contra a nomeação do novo reitor, que foi o terceiro colocado na eleição interna feita com a comunidade acadêmica.

Fonte: www.nsctotal.com.br com edição da ADUA-SSind.




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