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Com corte de verba, Unifesp corre risco de ter atividades suspensas



Data: 30/08/2019


As atividades da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de São José dos Campos correm risco de serem suspensas a partir de setembro. Serviços de manutenção deixaram de ser feitos, laboratórios de pesquisa, elevadores e geradores de energia estão parados. Na biblioteca e nos corredores, até as lâmpadas estão em falta. Dados orçamentários da Unifesp de julho de 2019 mostram que a verba total de custeio previsto para este ano é de R$ 68,8 milhões.

Desde abril, quando o Ministério da Educação (MEC) anunciou o contingenciamento de verbas, os recursos da instituição foram bloqueados em 30%, referentes ao fomento das ações de extensão e 34,5% referentes aos custos de funcionamento, como água, luz, contratos de manutenção e segurança, entre outros. Além disso, foram bloqueados 30% dos recursos de investimento em obras e reforma.

Alunos/as e professores/as da Unifesp contam que estão apreensivos por conta dos cortes de verbas. “Na medida em que a gente perde diversas bolsas de extensão e projetos de pesquisa ficam sem financiamento, isso vai também afetando o ensino”, diz a professora Luciana Ferreira.

Na quinta-feira (29), uma audiência pública será realizada no auditório do Campus do Parque Tecnológico para discutir o bloqueio orçamentário da Unifesp. Até uma decisão ser tomada, os alunos não sabem que rumo a universidade deve tomar.

“É muito triste a gente ver aluno que chega para a gente com medo. Eles falam que conseguiram passar e mudara de cidade para vir para cá e não sabem o que vai acontecer. Nós não temos uma resposta final para dar para eles” conta Felipe Martins, integrante do centro acadêmico.

Bloqueios

Em março, R$ 5,8 bilhões que seriam destinados a universidades federais foram bloqueados e em abril, o MEC anunciou o bloqueio de 30% da verba.  Em julho, outro decreto bloqueou R$ 348,47 milhões da pasta.

Por nota, a Unifesp informou que o corte de verbas não tem impacto apenas no campus de São José dos Campos, mas em todas as unidades da universidade.

Fonte: G1 com edição da ADUA-SSind.



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