 Na manhã de terça-feira, 17, o 31º. Congresso do Andes-SN contou com a plenária relativas às discussões travadas na segunda, 16, sobre a centralidade de luta do sindicato. Professores de todo o país se reuniram no auditório do resort Tropical Hotel (local) para apresentar e votar as propostas que decidirão o posicionamento do sindicato nacional acerca do tema.
A plenária abriu espaço para a discussão dos detalhes do texto presente no caderno que encaminhou a reunião dos grupos mistos na segunda, 16, dando a opção de os professores defenderem ou criticarem o texto. Expressões como ‘carreira docente única’, ‘salários dignos’ e ‘educação pública’ foram então esmiuçadas em debate pelos congressistas, gerando propostas de mudanças.
Logo no início dos trabalhos, o professor Luis Henrique Schuch, que estava presidindo a mesa durante a plenária, informou aos congressistas que a Justiça Federal suspendeu temporariamente o despejo dos moradores do acampamento em Pinheirinho, na zona sul de São José dos Campos (SP). A notícia foi recebida com aplausos pelos professores.
Deliberações da plenária
 Na fase de deliberação da plenária, vários termos foram trabalhados para que o texto expressasse a unidade de pensamento do sindicalizados. Os congressistas votaram, por exemplo, pela manutenção de ‘salários dignos’ em detrimento da expressão ‘aumento de salário’. ‘Padrão unitário de qualidade’ foi outro termo debatido veementemente durante a plenária, que apresentou a necessidade de explicar melhor seu significado para então terminar por ser mantido no texto.
Dentre as mudanças está a proposta de direcionar a centralidade de luta para a defesa da educação pública em todos os níveis, destacando-se nela a gratuidade, a condição laica e a sua universalidade. A carreira docente única também passou a ser frisada nesse novo texto, adicionando nesse contexto a necessidade de salários dignos para a categoria. Outra mudança de grande destaque diz respeito à atuação do Andes-SN como ‘legítimo representante sindical dos docentes’, que foi aprovada por ampla maioria e substituiu a expressão ‘Andes-SN como instrumento de representação sindical’. Ainda sobre o sindicato, expressa-se no novo texto a orientação de intensificar a organização de base para unificar a luta docente.
Na avaliação do professor Francisco Jacob Paiva, da Regional Norte 1, o texto final que determina a centralidade de luta do sindicato não apresentou mudanças no conteúdo essencial. “O que ocorreu foi o aperfeiçoamento de termos e a explicitação da política geral do sindicato”, afirmou.
Alé m disso, o professor explica que a centralidade de luta expressa o foco do movimento para esse não, que não diverge drasticamente das propostas do ano passado pelo fato de o contexto ter permanecido similar. “Todas as análises da crise do capitalismo, que, por sua vez, refletem-se na educação, continuam na ordem do dia, de forma que percebemos no novo texto uma continuidade”, concluiu.
De acordo com o professor Luis Henrique Schuch, presidente da mesa da plenária da ‘Centralidade da Luta’, as discussões a respeito do tema se constituem como o foco da luta do Andes-SN, na organização das ações para 2012. “Todo o acúmulo dos debates sobre conjuntura feitos nos grupos e depois na plenária foram exatamente no sentido de ajustar esse foco a partir da proposta que a diretoria já havia apresentado, reafirmando a continuidade na luta pelos direitos dos docentes, pela defesa da educação, pela defesa do Andes-SN como instrumento de articulação do movimento social, sindical, classista e autônomo”, disse.
Somente na sexta-feira, 20, o 31º. Congresso do Andes-SN o realizará a plenária de encerramento, no qual se apresentará o texto final que exporá a posição do sindicato acerca de temas que vão desde a apresentação das chapas que concorrerão à próxima direção da entidade, passando por questões organizativas e financeiras do sindicato, além de planos de luta da categoria docente.
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Fonte: Adua
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