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Indígenas do AM marcham pelo direito à vida e contra retrocessos nas políticas públicas



Data: 04/04/219

Nesta quinta (4) e sexta-feira (5), indígenas de várias etnias e regiões do Estado realizam a III Marcha dos Povos Indígenas do Amazonas. Com o lema “Resiliência e luta pela (R)existência e vida plena”, a mobilização visa convocar professores, agentes de saúde, lideranças indígenas e sociedade civil, em defesa dos direitos pela vida plena, no contexto de profundas violações e de retrocessos nas políticas públicas indígenas. A ADUA apoia a participa dos atos.

Nesta quinta, a caminhada inicia às 9h, na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), no Centro de Manaus, seguindo pela Avenida Eduardo Ribeiro, com chegada no Largo de São Sebastião. No dia 5, o ato de mobilização político-cultural começa às 9h, partindo do prédio do Ministério Público Estadual (MPE), seguindo pela Avenida Coronel Teixeira e Avenida Brasil, em direção à sede do Governo do Estado, onde as lideranças entregarão as reivindicações ao governador Wilson Lima. 

Conjuntura

Em reuniões prévias, as lideranças indígenas discutiram o cenário de direitos indígenas no Amazonas. A análise considerou as conquistas com a Constituição Federal de 1988 e as políticas públicas desenvolvidas desde então, principalmente em relação à posse, usufruto e demarcação de territórios tradicionalmente ocupados, considerados base para garantia de outros direitos como cultura, educação, saúde, segurança alimentar e espiritualidade.

No dia 1º de janeiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou a Medida Provisória (MP) 870, que transfere da Fundação Nacional do Índio (Funai) a competência para identificar, delimitar e demarcar as terras indígenas para o Ministério da Agricultura. Além disso, o documento retirou a Fundação da estrutura do Ministério da Justiça, deslocando-a para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Na avaliação dos organizadores e das lideranças indígenas, a atual conjuntura provoca o desmonte do movimento indígena e, sobretudo, ameaça e viola os direitos e a própria existência dos povos indígenas.

Fonte: ADUA-SSind. com informações da assessoria



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