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Adua pressiona reitoria



Docentes reclamam ausência da administração


Em virtude da pressão de professores e estudantes em ato público realizado na última sexta-feira, 15, a reitoria da Ufam abriu espaço hoje, às 9h, para uma reunião com a diretoria da Adua. A pauta foi a posição da administração da universidade em relação à agressão ocorrida contra o professor Gilson Monteiro pelos irmãos do vice-governador Omar Aziz, durante aula do curso de comunicação social – jornalismo.

Na ausência do reitor Hidembergue Frota, que estava em Brasília, os diretores da Adua reuniram-se com o professor Edmilson Bruno da Silveira, reitor em exercício. Além dos diretores Tomzé Costa, Jacob Paiva, José Alcimar de Oliveira e Osvaldo Coelho, também participaram da reunião os docentes Menabarreto França, Waltair Machado e Aloysio Nogueira.

Durante a reunião, os professores fizeram um retrospecto sobre a ofensiva contra o professor Gilson Monteiro. Em ato público realizado pela Adua, os docentes demonstraram-se surpreendidos pela falta de posição da administração da Ufam em relação à agressão. Houve repercussão na Assembléia Legislativa do Estado e na Câmara dos Vereadores favorável, conforme a imprensa, ao vice-governador. Os docentes reclamaram em reunião que a reitoria não fez nenhuma nota pública para condenar o ato da família Aziz.

Encaminhamentos

Conforme o reitor em exercício, a reitoria já havia feito as medidas administrativas necessárias. Ele disse também que ainda hoje baixaria uma portaria para a Comissão de Inquérito avaliar o caso da estudante Samara Aziz, de 17 anos. A aluna, sobrinha do agressor Amin Aziz, havia delatado ao pai, por telefone, a menção que o professor Gilson fizera em aula do nome de Omar Aziz no caso de prostituição infantil, incitando, dessa forma, o tio e o pai a cometerem a agressão contra o professor.

Em relação à nota pública assinada pela reitoria da Ufam, o professor Edmilson Bruno disse que ligaria para o reitor Hidembergue Frota decidir qual seria o encaminhamento. Os professores solicitaram ainda que o reitor, em Brasília, fizesse menção do caso à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Após reunião, hoje à tarde, os membros do Conselho da Administração (Consad) foram convocados para uma reunião na quarta-feira, 20, para discutir as interferências externas contra os exercícios regulares da instituição.

Os professores firmaram a importância da posição emergencial da administração da universidade uma vez que a agressão já ocorreu há uma semana e a imprensa nacional já difundiu o fato. Os docentes alertaram ainda que a Adua está preparada para um próximo ato público, nas ruas, caso a reitoria não tomasse as providências garantidas.



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