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Projeto “Capoeira Cultura e Resistência” ocorre todas as quartas no IFCHS



Data: 20/08/2018

O Laboratório de Estudos sobre Trabalho e Ditadura (Letrad) realiza, em parceria com o Grupo Mocambo, todas as quartas-feiras, no hall do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), às 18h30, atividades do projeto "Capoeira: cultura e resistência". A atividade não exige inscrição prévia.

A capoeira é um dos maiores símbolos da identidade brasileira e uma riquíssima manifestação cultural. Com seus cantos, danças e golpes, evidencia a importantíssima herança africana na construção de nossa identidade.

O projeto tem a intenção de ser um espaço de prática e divulgação da capoeira bem como de problematização de questões étnico-raciais e ligadas à cultura afro-brasileira. A participação da comunidade acadêmica é apontada pelos idealizadores da atividade como fundamental para a ocupação da universidade e dar visibilidade a questões tão fundamentais e urgentes.

As aulas serão ministradas pelo professor Robeílton Gomes, coordenador do Grupo Mocambo, e contarão com a participação de nomes importantes do cenário da capoeira amazonense.

Mocambo

O Grupo de Capoeira Mocambo nasceu como um espaço de encontro de pessoas interessadas em conhecer e cultivar a cultura afro-brasileira, em particular a arte da capoeira. Mocambo é o termo histórico que remete às habitações e aos lugares de fuga de africanos e indígenas escravizados durante o período de escravidão no Brasil. Desse modo constituindo-se como um espaço de resistência e de luta contra um modelo de dominação e também como lugar de desenvolvimento das práticas que deram início a muitas das manifestações da cultura africana e indígena que continuam ainda hoje a base da cultura popular brasileira.

Desenvolvida nesses espaços remotos, no meio da floresta, nas senzalas e nas ruas dos principais centros urbanos daquele período, a capoeira foi perseguida ao longo de toda a sua história. Usada como arma de defesa pessoal pelos escravos e africanos livros, pelos afrodescendentes e de modo geral pelos marginalizados a “arte de bater com os pés” foi criminalizada durante os anos iniciais da República e perseguida durante anos de recrudescimento da política brasileira. Mante-se nas ruas, nos quintais, nas esquinas, até conquistar seu espaço nas academias e o gosto da classe média brasileira. Hoje é praticada em quase todos os países do mundo e é o principal veículo de difusão, no exterior, da cultura popular brasileira. O grupo Mocambo surge como proposta de resgate da historicidade da capoeira e como lugar de prática da nossa luta: no sentido mais amplo da palavra.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas na página do facebook do Laboratório de Estudos sobre Trabalho e Ditadura.

Com informações do Letrad

Fonte: ADUA



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