Data: 23/05/2018
Em Assembleias realizadas em Manaus, Parintins e Humaitá, os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) definiram os cinco nomes que vão representar a ADUA no 63º Conselho do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Conad), evento programado para o período de 28 de junho a 1º julho, em Fortaleza (CE).
A delegação é composta por um delegado, professor Aldair Andrade, e quatro observadores, sendo dois da capital, os professores José Alcimar de Oliveira e Hamida Assunção, e duas docentes de unidades acadêmicas de fora da sede, as professoras Viviane Vidal, por Humaitá, e Milena Barroso, por Parintins.
Análise de Conjuntura
Durante a Análise de Conjuntura, os professores avaliaram negativamente o cenário imposto não somente à categoria mas aos trabalhadores em geral, em virtude da política regressiva do governo Temer. Por outro lado, encaminharam propostas que podem ensejar o fortalecimento da classe trabalhadora no combate à retirada de direitos.
Na avaliação do presidente da ADUA, professor Aldair Andrade, está em curso um processo de desmonte da universidade pública, que se intensificou com a Emenda Constitucional 95, a qual congelou por 20 anos os investimentos públicos no serviço público. Ele também manifestou preocupação com as pautas discutidas no âmbito da própria universidade.
“Para além da nossa conjuntura interna que não é tão fácil, temos uma situação externa de desmonte e decomposição institucional que cada vez mais ganha força. Precisamos ocupar mais espaços e enfrentar as decisões que tem saído dos porões da política”, avaliou o professor Alcimar Oliveira, do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), concordando com Andrade. Para Oliveira, esse ano exige da categoria uma capacidade de luta e de organização muito forte.
“Essa é uma conjuntura negativa que vai se aprofundar mais com o tempo e deve, após as eleições, voltar com mais projetos de retiradas de direitos, somada ao recrudescimento de posições reacionárias e para além do conservadorismo”, destacou o professor Marcelo Vallina, recém-eleito presidente da ADUA, para a gestão 2018-2020.
Na construção de alternativa, a categoria aprovou estratégias para além do âmbito jurídico, como construir um movimento político, a exemplo de um fórum estadual, que congregue outros servidores públicos, bem como a criação de uma comissão para reunir com outros trabalhadores no âmbito da universidade.
Fonte: ADUA
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