Documento sem título






     Notícias






Comissão da Verdade do ANDES-SN realiza seminário da USP



Data: 27/03/2018

A Comissão da Verdade do ANDES-SN realizará, nos dias 26 e 27 de abril, um Seminário na Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, com o tema “Continuidades da ditadura na universidade e sociedade”. O Seminário será composto por quatro mesas. A primeira tratará de depoimentos sobre a ditadura empresarial-militar na universidade e na sociedade. A segunda terá como tema a repressão da ditadura na sociedade e na universidade ontem e hoje. A terceira debaterá os ataques à autonomia e à democracia na universidade ontem e hoje. A quarta tratará da continuidade estrutural do aparato repressivo nas universidades. Os nomes dos componentes das mesas serão confirmados em breve.

O 1º vice-presidente da Regional Pantanal e um dos coordenadores da Comissão da Verdade do ANDES-SN, Vitor Oliveira, explica que a intenção do Seminário é relacionar a ditadura empresarial-militar com a continuidade da repressão no Brasil do século 21. “A ideia é fazer mesas de depoimentos de pessoas que, de fora ou dentro da universidade, viveram o período da repressão. E também fazer a ponte com a atualidade, já que há uma continuidade das formas repressivas do Estado, vestígios autoritários da ditadura, e o seminário tem a preocupação de fazer esse debate. Também queremos apresentar resultados parciais dos trabalhos da Comissão da Verdade do ANDES-SN”, comenta o docente.

Ana Maria Estevão, 1ª vice-presidente da Regional São Paulo e também coordenadora da Comissão da Verdade do Sindicato Nacional, reforça a necessidade de atualizar o debate sobre a repressão na universidade e na sociedade. “Os seminários da Comissão da Verdade de 2016 foram organizados por regiões, focados em questões locais. Agora, queremos atualizar o debate sobre o que se mantém na universidade e na sociedade desse período. A violência de Estado, por exemplo, mudou de foco. Já não é mais sobre presos políticos e sim sobre os pretos e pobres da periferia”, avalia.

“Temos também a preocupação de perceber o que resta nos regimentos e estatutos das universidades que signifique a continuidade do Estado autoritário. Tem universidades com regimentos acadêmicos inalterados do período da ditadura, e isso se reflete na forma com que a universidade trata os movimentos sindicais e sociais”, completa Vitor Oliveira.

Confira o Caderno 27 do ANDES-SN “Luta Por Justiça e Resgate da Memória” aqui.

Dia Internacional do Direito à Verdade

No sábado (24), militantes de movimentos sociais de todo o mundo lembraram as vítimas de violações aos direitos humanos no Dia Internacional do Direito à Verdade. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em homenagem ao arcebispo de El Salvador, Óscar Arnulfo Romero, assassinado nesse dia em 1980 enquanto celebrava uma missa dentro de um hospital. Romero era uma das lideranças da Teologia da Libertação.

Coincidentemente, o dia 24 de março também ficou marcado pelo Golpe de Estado na Argentina, em 1976, que derrubou a presidente Isabel Peron do poder e deu início a uma ditadura militar que durou sete anos e deixou mais de 30 mil pessoas mortas e desaparecidas. Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Buenos Aires, capital do país, no sábado para protestar contra a libertação de genocidas da prisão.

Fonte: ADUA



Galeria de Fotos