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  21/01/2020



Mulheres são as mais afetadas por desigualdades no mundo, aponta relatório do Oxfam



 

 

 

Mulheres e meninas em todo o mundo empregam 12,5 bilhões de horas de trabalho não remunerado todos os dias, uma contribuição para a economia global de pelo menos US$ 10,8 trilhões por ano, mais de três vezes o tamanho da indústria global de tecnologia. Esse é um dos resultados do relatório anual do Fórum Econômico Mundial (Oxfam). O documento revelou que as mulheres são as mais afetadas pelas desigualdades sociais no mundo. 

 


Enquanto mulheres trabalham mais e ganham menos, homens geralmente precisam trabalhar com horas reduzidas, ganhando mais. Segundo o relatório, os 22 homens mais ricos do mundo possuem mais riqueza do que todas as mulheres da África.  O documento apontou, ainda que, em 2019 os 2.153 bilionários no mundo possuíam mais dinheiro do que 60% da população global. Esse grupo tem mais dinheiro do que os 4,6 bilhões de pessoas mais pobres do planeta.

 


Brasil mal avaliado

 


O governo Bolsonaro não rendeu avaliação positiva em sua participação no evento de Davos realizado em 2019 e desistiu de discursar na 50º edição do Fórum Econômico Mundial (Oxfam), que irá ocorrer de 21 a 23 de janeiro. Para representar o governo, ministro da economia, Paulo Guedes, deverá liderar uma delegação mais enxuta. 

 


Especificamente sobre o Brasil, o Oxfam relacionou a maneira de governar de Bolsonaro ao do presidente norte-americano Donal Trump, que seguem “políticas que conduzem a uma maior distância entre os que têm e os que não têm”.

 


No Brasil, as mulheres que não tinham carteira de trabalho assinada receberam, em 2018, cerca de R$ 707,26. Já as que tinham empregos formalizados receberam cerca de R$ 1.210,94. A ocupação do setor informal é feita quase majoritariamente por mulheres, e, de acordo com a mesma pesquisa, em média, uma mulher com emprego doméstico no Brasil ganha 78,44% do rendimento de homens que exercem as mesmas funções.

 


O relatório sugere que os governos de todo o mundo devem tomar medidas urgentes para “construir uma economia mais humana e feminista, que valorize o que realmente importa para a sociedade”, propondo uma implantação de “modelo fiscal progressivo no qual também se taxe a riqueza”. 

 


Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA-SSind



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