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CSP-Conlutas divulga plano para intensificação de luta contra a Reforma da Previdência



Data: 11/12/2017

Após reuniões nos últimos dias 8, 9 e 10, a Coordenação Nacional da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) aprovou uma resolução para intensificar lutas contra a Reforma da Previdência durante reunião realizada, neste fim de semana, em São Paulo. A partir de reuniões com outras centrais ficou decidido que nos próximos 15 dias haverá uma jornada de lutas com a palavra de ordem “Se colocar em votação, o Brasil vai parar”.

Na última reunião das centrais, na última sexta-feira (8), a CSP-Conlutas defendeu a marcação imediata da Greve Geral, entendendo que é fundamental uma data para preparar a paralisação. Entretanto, a maioria das centrais defendeu que ao não ter marcada a votação da reforma, não é possível marcar a paralisação. Assim ficou aprovado que a greve será convocada imediatamente caso seja marcada data para a votação no Congresso Nacional.

Foi aprovada a realização de plenárias estaduais que organizem mobilizações unitárias em todo o país, assembleias de trabalhadores, protestos em aeroportos e manifestações dos movimentos sociais. Diante dessa resolução, a CSP-Conlutas convoca todas as suas entidades a realizarem mobilizações a partir desta semana para impedir a votação da Reforma da Previdência.

“É preciso buscar reativar os Comitês de luta contra as reformas da previdência e trabalhista, de maneira ampla. Fazer o chamado aos sindicatos e às centrais em cada estado e região para construir esses espaços de unidade de ação e fortalecer desde baixo um movimento contra as reformas”, afirma a entidade. A CSP-Conlutas afirma ainda que “cumprindo o seu papel de unificar os trabalhadores organizados em sindicatos e movimentos populares, estudantil e de luta contra a opressão, precisamos construir esses espaços também em parceria com tais movimentos, incorporando suas demandas e lutando de maneira conjunta”.

Traição


Frente à traição das cúpulas das grandes centrais sindicais, que cancelaram a convocação da greve nacional do dia 5 de dezembro, e à continuidade da trégua imposta por estas centrais que, na sua última reunião, se recusaram a apontar a construção de um plano de luta e uma nova Greve Geral, a CSP-Conlutas vai denunciar em seus materiais essa traição.

A entidade também afirma que irá denunciar a trégua das centrais exigindo a construção de uma nova Greve Geral já, construída a partir da base, com assembleias e comitês por local de trabalho e estudo capaz de barrar a Reforma da Previdência e revogar a Reforma Trabalhista. A Coordenação Nacional da CSP-Conlutas reafirma a necessidade de construir a Greve Geral também pela revogação da Lei da Terceirização e pelo Fora Temer e todos os corruptos do Congresso.

O governo Temer está disposto a atender aos pedidos do empresariado e aprovar a Reforma da Previdência antes de fechar o ano de 2017. Apesar das dificuldades para angariar votos favoráveis à aprovação, o governo ganhou um fôlego com o recuo da greve nacional de 5 de dezembro e está em forte toma lá dá cá com os políticos em troca de votos.

A CSP-Conlutas tem defendido a necessidade de uma Greve Geral para derrotá-la e se posicionou de maneira firme contra a cúpula da maioria das centrais ao desmarcar a greve nacional do dia 5. “Fizemos um chamado nacional a que se mantivesse o dia de luta, com mobilizações e atos na maioria das capitais e paralisações em algumas delas. A CSP-Conlutas foi parte importante da manutenção das atividades do dia”.

Plano de ação

- Orientar as entidades e movimentos filiados a intensificar a mobilização/luta na próxima semana e na de votação da reforma da previdência, dada a sua real possibilidade para 18 de dezembro de 2017;
- Orientar também que as entidades e movimentos articulem plenárias/assembleias/reuniões unitárias para aprovar a greve no dia 18.12.2017, data provável de votação da reforma da previdência;
- Realizar um Dia Nacional de Luta, em 13 de dezembro, contra a reforma da previdência.

Fonte:
CSP-Conlutas com edição da ADUA



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