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CSP-Conlutas reforça chamado a Greve Geral, caso Reforma da Previdência vá para votação



Data: 22/11/2017

Há poucos dias, o presidente Michel Temer manifestou publicamente que seria muito difícil aprovar a Reforma da Previdência porque não teria o número de votos necessários no Congresso Nacional. O mercado não gostou e foi para cima do governo exigindo a manutenção do calendário de ataques à classe trabalhadora, fazendo-o retomar a ofensiva para aprovação da reforma.

Temer lançou uma grande campanha publicitária nacional para tentar ganhar a população em favor da Reforma da Previdência com o eixo de que “tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo”, alegando que os servidores públicos são privilegiados, sendo, portanto, necessária a reforma para garantir o direito à aposentadoria de todos os trabalhadores.

A reforma vai ser alterada, porém mantendo sua essência, ou seja, o aumento da idade mínima para homens (65 anos) e mulheres (62 anos) e acabar de vez com a paridade entre ativos e aposentados no serviço público. De conteúdo, vai permitir aposentadoria com 15 anos de contribuição (combinado com idade mínima), mas com salário de menos de 50% da ativa, elevando a aposentadoria integral para um período de contribuição de 44 anos, mais a idade mínima. A intenção é de aprovar tudo ainda neste ano.

Segundo a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), “neste momento, não se apresenta nenhuma reação por parte da maioria das Centrais Sindicais, ninguém está fazendo nada!” A entidade afirma que é necessário que os trabalhadores deem uma resposta urgente e que é urgente também a convocação da Greve Geral, como aprovado pelas Centrais e divulgada em nota do dia 10 de novembro. “Como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já fala em marcar a votação para o dia 6 de dezembro torna-se mais urgente ainda a convocação dessa Greve Geral”, afirma.

Nesse sentido, a CSP-Conlutas orienta as entidades e movimentos a construir imediatamente um amplo processo de discussão nas bases, realizando reuniões e plenárias nos Estados, e repercutir em todos os meios de comunicação de nossas entidades o que está em jogo neste momento, ou seja, o fim da aposentadoria. Preparar a resistência contra esse possível ataque e também tomar iniciativas na unificação com os demais setores de fora da Central, entidades e organizações do movimento.

Para explicar a nova investida do governo em relação à reforma da previdência, será produzido vídeos, virais, memes e amplo material de propaganda para esclarecer os efeitos nocivos desse projeto. A entidade encaminha também o seguinte calendário de mobilização:

- Marcha das Periferias como parte do mês da Consciência Negra – Novembro Negro;
- Luta contra a PEC-181/11 e ações das mulheres contra a aprovação do projeto;
- Dia Nacional de Lutas do Funcionalismo em 28 de novembro com Marcha à Brasília e ações no Congresso Nacional;
- Construir a greve geral para o dia de votação da reforma da previdência, caso seja encaminhada no Congresso Nacional.

Fonte:
CSP-Conlutas com edição da ADUA



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