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Comunidade acadêmica e movimentos populares protagonizam mobilização no Dia Nacional de Lutas



Data: 14/09/2017

Docentes da ADUA, técnico-administrativos do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), servidores do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho (Sintraam), membros da CSP-Conlutas e do Movimento Luta Popular, dentre outras organizações que integram a Frente de Lutas Fora Temer protagonizaram, na manhã desta quinta-feira (14), no Dia Nacional de Lutas, um grande ato em defesa dos serviços públicos e contra a Reforma da Previdência e demais desmandos orquestrados pelo governo ilegítimo de Michel Temer. A atividade, realizada no Bosque da Resistência, que fica em frente ao campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), reuniu mais de 400 pessoas.

Através da distribuição de panfletos explicativos sobre os impactos políticos, sociais e econômicos das medidas autoritárias adotadas pelo governo federal e intensificadas, nos últimos tempos, os manifestantes buscaram conscientizar a comunidade acadêmica e a sociedade em geral sobre a importância da unidade na luta para barrar a retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Representando a diretoria da ADUA, a 1ª secretária da seção sindical Katia Vallina destacou o caráter nacional do ato, que ocorre em todo o país e tem como objetivo principal barrar os ataques aos direitos da classe trabalhadora.
“Nacionalmente estão sendo feitas manifestações, hoje, para o esclarecimento da população em relação aos direitos que estão sendo retirados, tanto os ligados a Reforma Trabalhista que já foi aprovada como, o ataque que representa a proposta da Reforma da Previdência Social. O ato, em Manaus, é uma iniciativa da Frente de Lutas Fora Temer Manaus e da CSP-Conlutas. Em nosso entendimento só a mobilização da classe trabalhadora será capaz de barrar os ataques desse governo golpista e de um congresso corrupto”, afirma Vallina.

Diretor da CSP-Conlutas Amazonas, Gilberto Vasconcelos afirma que o Dia Nacional de Lutas em defesa dos serviços públicos e contra a Reforma da Previdência tem origem num chamamento nacional do Sindicato dos Metalúrgicos que propõe, neste dia 14 de setembro, o enfrentamento da Reforma Trabalhista, da Lei das Terceirizações e das demais lutas da classe trabalhadora, a partir do setor operário.

“É preciso lutar pois o governo está atuando para retirar todos os direitos já conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras, ao longo dos anos, e não há o empenho das grandes centrais para enfrentar estas políticas de governo. Nós da CSP-Conlutas, juntamente com as universidades federais, atravé
s do ANDES-SN, da ADUA e do Sinasefe estamos retomando o processo de luta para fazer esse enfrentamento. O ato de hoje marca o início de uma luta contra a implementação da Reforma Trabalhista, feita à revelia da classe trabalhadora, e da Lei das Terceirizações que precariza de vez a qualidade do trabalho e as relações trabalhistas”, destacou.

Aluno do curso de Ciências Sociais da Ufam, Javier Rafael Monagas esteve entre o grupo de discentes que engrossaram o coro pelo combate a retirada de direitos da classe trabalhadora. “É bastante necessário que a população saia às ruas, converse nas ruas, praças e escol
as sobre a situação política do país. Os estudantes, centros acadêmicos precisam ser chamados a fazer parte desta luta e discussão para que nos unamos em prol da defesa dos direitos sociais. Acredito que está mais do que urgente essa mobilização”, disse.

Durante o ato foi realizada, ainda, uma assembleia para a escolha dos delegados do Movimento Luta Popular para participarem do 3º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, que será realizado de 12 a 15 de outubro deste ano, em Sumaré (SP). No total, dez representantes de lideranças de ocupações das zonas leste e norte de Manaus foram definidos.

 Ato nacional

 Neste dia 14 de setembro, docentes de todo o país participam do Dia Nacional de Lutas, Mobilização e Paralisação em Defesa dos Serviços Públicos e contra a Reforma da Previdência. Nesta data, docentes, estudantes, técnico-administrativos em educação, trabalhadores de outras categorias e representantes de movimentos sociais e populares realizam atos em diversos estados contra o desmonte dos serviços públicos. Além do ANDES-SN, a Fasubra e o Fonasefe – entidades sindicais do setor da educação federal – também incorporaram a data em seus calendários. Ainda hoje, metalúrgicos de todo o país preparam uma forte resistência nas ruas e nas fábricas para barrar os ataques do governo federal.
 
Além de lutar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 - da contrarreforma da Previdência - e o Programa de Desligamento Voluntário (PDV), os docentes exigem também a revogação das leis da Reforma Trabalhista e da Terceirização, e da Emenda Constitucional (EC) 95/16 – a qual congela os gastos públicos por 20 anos -, que têm impactado duramente as instituições e institutos federais de ensino.
 
A data de mobilização, 14 de setembro, foi apontada na reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes) do ANDES-SN, no dia 18 de agosto, a partir da reunião ampliada do Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que encaminhou pela realização de um dia de lutas em setembro em defesa dos serviços públicos e em oposição às contrarreformas.
 
Ainda na reunião do Setor das Federais, os docentes decidiram realizar uma rodada de assembleias gerais nas seções sindicais do ANDES-SN para debater estratégias de combate aos ataques aos trabalhadores e aos serviços públicos, além de deliberar sobre a paralisação de 14 de setembro.
 
O Dia Nacional de Lutas também foi aprovado na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, que ocorreu de 1 a 3 de setembro, em São Paulo (SP), e incorporado no calendário de lutas da Central.

Fonte: ADUA



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