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  12/12/2019



ADUA repudia declaração de Weintraub sobre entrada da PM nas federais



A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA) repudiou as declarações dadas pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, na quarta-feira (11), na Câmara dos Deputados, em Brasília. Segundo o ministro, a Polícia Militar (PM) deveria entrar nas universidades federais para reprimir supostas plantações de maconha.

 

“Mais uma vez o ministro continua a mentir, agora ele faz uma declaração e apresenta uns vídeos antigos para desviar a atenção de seu péssimo trabalho à frente do ministério, como mostrou recentemente o relatório da Comissão da Câmara dos Deputados”, diz um trecho da nota assinada pelo presidente da ADUA, Marcelo Vallina.

 

 


O ministro - que foi convocado pela Comissão de Educação para dar explicações sobre a declaração dada, no dia 23 de novembro, ao Jornal da Cidade - apresentou aos deputados fotos e vídeos. “Enquanto a educação pública continua definhando pela falta de investimentos do governo federal, o ministro não tem outra coisa para fazer que criar polêmicas tentando desprestigiar a comunidade universitária”, afirmou a ADUA.

 

Para a Seção Sindical do ANDES-SN, o objetivo do ministro e do governo Bolsonaro é acabar com o ensino público, laico, gratuito e de qualidade. Por essa razão, segundo Marcelo Vallina, Weintraub não discute os verdadeiros problemas da educação como o financiamento do ensino, da pesquisa e da extensão, a manutenção, a infraestrutura, a falta de técnicos-administrativos e de professores e professoras, a insuficiência de assistência estudantil etc.

 

“Se ele quisesse se preocupar poderia pegar os dados de adoecimento na comunidade universitária. O ministro deveria saber que o combate ao tráfico de drogas não se faz perseguindo as universidades públicas, mas as milícias que tomam conta da sociedade e do Estado”, disse o presidente da entidade. 

 

Weintraub disse que essas unidades de ensino podem até "servir de abrigo para os bandidos".  "A PM faz o que pode. Esta à disposição. A PM luta e enxuga gelo nessa guerra do tráfico. Corre risco todo dia. Quando o PM sai na rua fardado, o bandido sabe que é PM. Mas a MP não sabe quem é bandido. E nas universidades eles encontram refúgio, já que a PM não pode entrar no campi", disse o ministro da Educação.

 

Na avaliação da entidade, o ministro busca os holofotes por conta da sua baixa popularidade. “O que o ministro poderia fazer é ler os relatórios que o próprio ministério encomendou e saberia que nas universidades públicas se produz conhecimento de qualidade e não metanfetamina como ele diz. Enquanto isso, professores, professoras, técnico-administrativos em educação continuam na luta para defender o patrimônio público. Nosso sindicato nacional, ANDES-SN, já interpelou na justiça o ministro, agora terá que se explicar”, afirmou Vallina.

 

Fonte: Jornal A Crítica com edição da ADUA-SSind. 

 



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