
A ADUA esteve presente na XI Tribuna das Águas, realizada na manhã do dia 6 de dezembro, com o tema “Direitos Humanos e da Natureza – Até onde vai a prática pós-COP30?”. A atividade ocorreu na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), no Centro de Manaus.
A ação foi promovida pelo Fórum das Águas, coletivo fundado em 2012 em Manaus e integrado pela ADUA e por outras entidades, com o objetivo de fomentar iniciativas que influenciem políticas públicas voltadas à proteção dos mananciais e à distribuição justa de água potável.
Durante sua fala, a presidente da ADUA e professora da Ufam, Ana Lúcia Gomes, destacou a participação da entidade na Cúpula dos Povos, realizada de 12 a 16 de novembro, em contraponto à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), ocorrida entre os dias 10 e 21 do mesmo mês, em Belém (PA).
“Foi muito importante participar não da COP30, mas da Cúpula dos Povos. Sabemos que a COP deu maior visibilidade ao tema, mas as discussões ali permanecem muito no plano do debate. Já na Cúpula dos Povos discutimos, de fato, o que nos compromete, nos atinge e nos ameaça, especialmente as populações menos favorecidas. Estiveram presentes autoridades de diversas áreas, como educadores, pesquisadores, quilombolas, indígenas, estudantes, com discussões muito ricas”. A docente explicou ainda que é essencial reafirmar que água não é mercadoria, é uma necessidade básica. “Cerca de 17% da população não tem água encanada, e isso é grave. Essas pessoas ficam expostas a doenças”, disse.
O professor da rede pública de ensino no Amazonas, Jonas Araújo, ressaltou que, enquanto docentes e trabalhadores, é preciso refletir sobre o futuro das próximas gerações. “É necessário fazer coleta seletiva, não jogar lixo nos rios e igarapés, cuidar das nossas praças e vias públicas, mas tudo isso será em vão se não cobrarmos dos mais ricos e dos que mais poluem para que assumam a responsabilidade de cuidar da nossa floresta e de nossos territórios”, destacou.
.JPG)
A mobilização contou também com apresentações musicais, dialogando com as pessoas que passavam pela praça sobre a importância da água como direito essencial. O mote da atividade foi: “Água não é mercadoria”.
Fonte: ADUA
Fotos: Sue Anne Cursino/ Ascom ADUA
|