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Desvio de R$ 30 milhões do Butantan tem 11 denunciados pelo MP em SP



Data: 24/02/2017

O Ministério Público de São Paulo denunciou 11 pessoas por desvio de mais de R$ 30 milhões da Fundação Butantan.

Nesta semana o Bom Dia Brasil já tinha mostrado irregularidades no Butantan, mas este caso é outro, é ainda mais antigo.

Esses crimes foram entre 2005 e 2008. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ex-funcionários da Fundação Butantan são acusados de, simplesmente, transferir dezenas de milhões das contas da fundação para as contas deles.
Os promotores fizeram as contas. E chegaram ao impressionante número de 340 furtos, totalizando pelo menos R$ 33,486 milhões.

Quando for corrigido, deve passar de uma centena de milhões de reais.

De acordo com a denúncia, o então gerente administrativo da Fundação Butantan, Adalberto da Silva Bezerra, tinha as senhas de contas da fundação que não eram contabilizadas. De lá, transferia valores para a conta pessoal dele e dos outros acusados.

Com o tempo, os furtos foram além do abuso de confiança, usando as senhas. E passaram para a fraude.

Junto com um então gerente de banco, segundo a denúncia, Adalberto falsificou documentos para abrir a conta em nome de uma empresa que já existia – sem que o verdadeiro dono da empresa soubesse de nada.

Os crimes foram praticados entre 2005 e 2008. Na época, o diretor-presidente da Fundação Butantan era o professor Isaias Raw, que não foi denunciado. Os promotores dizem que 11 pessoas furtaram dinheiro da conta da Fundação Butantan.

“Esse gerente administrativo, auxiliar contábil, auxiliar de escritório, técnico de importação, enfim, eram várias pessoas que eram, até um gerente de frota administrativa do Instituto Butantan, que eram relacionadas com esse gerente administrativo”, informou o promotor de justiça Nathan Glina.

Em 2008, o Coaf – Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda – estranhou a movimentação bancária do gerente administrativo. No fim do ano, ele foi demitido do Butantan por justa causa. A Polícia Civil fez a investigação e agora, em 2017, nove anos depois, o Ministério Público oferece a denúncia à Justiça.

Os promotores deixam claro que a vítima – a Fundação Butantan – recebe verbas públicas para a produção de vacinas e outros produtos importantíssimos para a saúde da população brasileira, a produção científica e o desenvolvimento nacional.

O Bom Dia Brasil tentou falar com Adalberto da Silva Bezerra, mas não conseguiu contato.

A Fundação Butantan é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que presta serviços ao Instituto Butantan – o centro de pesquisa da Secretaria de estado da Saúde.

E, em nota, o instituto informou que ajudou nas investigações dos promotores e que, na época, afastou e substituiu a diretoria.

Fonte: Bom Dia Brasil



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