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Manifestação no Centro de Manaus defende a continuidade da luta dos trabalhadores



Data: 14/12/2016

Horas depois da aprovação, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 no Senado, integrantes de movimentos sindicais, sociais e estudantis que compõem a Frente de Lutas Fora Temer Manaus realizaram, na Praça da Polícia, manifestação em defesa da continuidade da luta dos trabalhadores e estudantes contra as medidas de austeridade.

A concentração começou por volta das 16h desta terça-feira (13). Um clima de luto predominava no local. Apesar disso, representes de movimentos sindicais foram unânimes ao afirmar que, mesmo diante do avanço do ajuste fiscal, é necessário elaborar e promover novas táticas de mobilização.
 
“As entidades devem fortalecer suas bases, levar o debate sobre o que está em jogo e ampliar a construção dos novos espaços de unidade na luta. Além disso, é importante pensar questões que vão além da PEC e propor programas de governo alternativos capazes de reunir os partidos de esquerda”, afirmou Jacob Paiva, 1º secretário do ANDES e um dos coordenadores do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do sindicato nacional. “O que está em jogo é uma guerra entre os interesses do grande capital estrangeiro e a classe trabalhadora. A partir de agora, temos de pensar estratégias de acordo com esse ponto de vista”, refletiu.

Williamis Vieira, coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), destacou a importância da soma de forças entre os trabalhadores. “A aprovação da PEC é apenas o começo do aprofundamento do ajuste fiscal. Por isso, vamos dar prosseguimento às atividades previstas nos calendários das seções sindicais, ao mesmo tempo em que fortalecemos as parcerias”.

Para Fernanda Fernandes, integrante da União da Juventude Comunista (UJC) e aluna do curso de História da Ufam, essa nova etapa exige a retomada do trabalho de esclarecimento sobre os ataques aos trabalhadores – e seus efeitos na vida das futuras gerações. “A população não foi consultada a respeito da PEC 55, uma medida defendida por um governo ilegítimo e assolado por denúncias de corrupção. A grande mídia, por sua vez, não divulga os aspectos nocivos dessas iniciativas, e cabe a nós informar isso”, observou.

No final da tarde, a manifestação seguiu pela avenida Getúlio Vargas em direção à Escola de Artes e Turismo (Esat) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), localizada entre a Leonardo Malcher e a rua Major Gabriel, no Centro. Pouco antes do encerramento do ato, os manifestantes expressaram falas de solidariedade aos alunos da Esat que, em repúdio às medidas do governo Temer, ocupam a unidade desde o dia 10 de novembro. Ali, são realizadas oficinas, palestras e debates sobre a PEC 55 e a Medida Provisória (MP) 746/16, que estabelece a reforma do currículo do Ensino Médio.
 
Fonte: ADUA



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