Data: 14/11/16
Além de Manaus, o Dia Nacional de Luta e Paralisação, na sexta-feira (11), foi marcado por ato público expressivo em Parintins, a 370 Km da capital. Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a PEC 55, que limita por 20 anos os gastos primários, gerando perdas à Saúde e à Educação. A manifestação teve início às 16h, no Bumbódromo, e contou com a participação de integrantes de entidades sociais, sindicais e trabalhadores de várias categorias.
“Assim que chegamos, ficamos surpresos com a quantidade de pessoas presentes no local”, disse a professora Elizandra Garcia, do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), campus da Ufam no município. De acordo com Elizandra, aproximadamente três mil pessoas participaram do ato.
“Foi uma atividade bem organizada, pois as entidades trabalharam com suas bases”, acrescentou. Na opinião dela, o êxito da mobilização pode ser atribuído também aos estudantes que ocuparam o campus da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em Parintins.
A professora destaca ainda o trabalho de esclarecimento realizado junto aos estudantes e técnico-administrativos, por meio de debates e estudos cujo tema é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55/2016, antiga PEC 241.
Repercussão
Nas redes sociais, muitos moradores do município divulgaram fotos e vídeos da manifestação e se mostraram impressionados com a adesão da população. “Hoje foi um dia cansativo mas recompensador. Parintins se manifestando contra a PEC 55”, escreveu Rafael Souza. “Dia de paralisação. Todos contra #PEC241 #PEC55. Estudantes e Professores #UFAM #UEA #IFAM e outras entidades somando forças contra esse governo”, publicou Hercules Wendling.
“Durante a longa caminhada que fizemos ouvi o quanto os cortes de verbas já impactaram negativamente a vida das pessoas. Vi muitos estudantes reclamando do atraso de bolsas como o PIBID. Vi professoras que com 28 anos de magistério estavam extremamente preocupadas e inconformadas com a Reforma da Previdência que vai afetar quem mais trabalha nesse país e que são justamente aqueles que ganham menos. O governo Temer veio para proteger os privilégios de sua classe nestes tempos de crise. Querem jogar para cima das costas dos trabalhadores o prejuízo, depois de ter passado tantos anos com isenções fiscais”, postou Mônica Xavier.
Imagens: Hercules Wendling e Elizandra Garcia
Fonte: ADUA |
