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Brasileiros fazem Jornada de Lutas contra PEC 55



Data: 14/11/2016

Milhares de brasileiros saíram às ruas na sexta-feira (11) para participar da Jornada de Lutas em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 (antes chamada de PEC 241), que corta os investimentos em educação, saúde, segurança e outras áreas por vinte anos, e também contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. De acordo com a CSP-Conlutas, houve atos, mobilizações, paralisações e bloqueios de rodovias em pelo menos 19 estados e no Distrito Federal.

O ANDES-SN construiu ativamente a Jornada de Lutas, assim como a CSP-Conlutas, visando aumentar a mobilização para a construção de uma Greve Geral, que impeça a violenta retirada de direitos que o governo brasileiro tenta impor aos trabalhadores. A Jornada é considerada um importante ponto de partida para fortalecer o “Dia Nacional de Luta com mobilização, protestos e paralisações” em 25 de novembro, e reforçar o chamado por Greve Geral.

Entre as categorias que se mobilizaram na Jornada de Lutas estiveram os docentes, junto com diversos segmentos do serviço público de todas as esferas, além de petroleiros, condutores, metalúrgicos, bancários, entre outros. Também se somaram às mobilizações movimentos estudantis e sociais. Confira alguns dos atos.

Rio Grande do Sul

A manifestação em Porto Alegre começou durante a madrugada diante das garagens das empresas de ônibus da capital e se estendeu até por volta das 11h, quando se encerrou uma manifestação de estudantes e servidores no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Ao longo de todo o tempo, a Brigada Militar contou com um forte aparato de segurança e utilizou da repressão, com bombas de efeito moral e balas de borracha, para liberar o trânsito em caso de bloqueio de ruas e avenidas.

Em Santa Maria, milhares de pessoas se reuniram na Praça Saldanha Marinho, no centro da cidade, para participar da Jornada de Lutas. Convocada por diversos sindicatos, movimentos sociais e coletivos, a manifestação tinha um eixo central: a defesa da saúde, da educação e da previdência, enquanto direitos públicos, gratuitos e fortalecidos.

Em Pelotas, chamado por diversas centrais sindicais, e na cidade por grande parte das entidades classistas, movimentos sociais, coletivos de juventude e estudantes, o ato iniciou com concentração no Mercado Público, de onde partiu para percorrer o calçadão e algumas das ruas centrais de Pelotas. Os docentes da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), em greve contra a PEC, estiveram em peso na manifestação.

Amazonas

Em Manaus, mais de duas mil pessoas participaram do protesto, que saiu da Praça da Polícia e seguiu até a Praça do Congresso. À noite, houve outro ato, dessa vez na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Paraná

Em Curitiba, centrais sindicais, sindicatos, trabalhadores e estudantes se concentraram em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, para protestar contra a PEC. Eles caminharam até a Boca Maldita. A manifestação teve grande participação de estudantes. No Paraná nasceu o movimento de ocupações de escolas contra a PEC 55 e a MP 746, que reforma o ensino médio. No auge, mais de mil escolas estiveram ocupadas.

Também foi realizado um ato por volta das 6h, em frente à Refinaria de Araucária (Repar),a na Região Metropolitana. Outras cidades do interior do Paraná, como Apucarana, Umuarama, Maringá e Londrina também realizam atividades neste dia de luta. Houve ainda paralisação de petroleiros no Paraná, Usina SIX, REPAR- Araucária.

Bahia

Em Salvador, os manifestantes bloquearam vias no centro da cidade. Em Feira de Santana, o protesto começou com uma concentração em frente à prefeitura. Depois, os manifestantes seguiram pelas avenidas Getúlio Vargas, Senhor dos Passos e Monsenhor Mário Pessoa, rua Conselheiro Franco, praças Fróes da Mota e D. Pedro II, retornado para a Senhor dos Passos. As atividades encerraram em frente ao paço municipal, onde houve ocupação das sinaleiras da Getúlio Vargas e da Senhor dos Passos, mais as falas de encerramento. Outro grupo de manifestantes bloqueou a passagem de veículos em diversas rodovias, como na BR-324, sentido Feira de Santana, BR-116, Km 357, em Serrinha, o acesso a Salvador, a Camaçari, dentre outras localidades.

Rio de Janeiro

Uma manifestação interditou a Rodovia Amaral Peixoto, na ligação entre Macaé e Rio das Ostras. Os petroleiros também realizaram paralisações nas trocas de turno, além de travamento de avenidas. Na capital um grande ato percorreu as ruas do centro, no final da tarde. Também houve manifestação dos servidores do Ibama e do ICMBio em frente ao Cristo Redentor.

São Paulo

Movimentos bloquearam diversas rodovias: Estrada de Itapecerica e na Avenida João Dias (Zona Sul da capital); a Rodovia Régis Bitencourt (Taboão da Serra); a Rodovia Presidente Dutra, no sentido capital; a Anchieta (São Bernardo do Campo); a Marginal Pinheiros e a Rodovia Anhanguera, nos dois sentidos.

Em São José dos Campos, além da paralisação dos trabalhadores da Monsanto, houve a “operação tartaruga” dos motoristas e cobradores de ônibus, que durou duas horas e contou com mais de 80 ônibus. Em São Carlos, o acampamento Capão das Antas fez uma mobilização pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade e em defesa da Reforma Agrária.

Ceará

No Ceará, mais de 10 mil trabalhadores participaram da Jornada, já se preparando para a grande mobilização que acontece em 25 de novembro. Os manifestantes tomaram as ruas do centro da cidade de Fortaleza em protesto contra a PEC 55. As passeatas se dividiram nas duas principais ruas do centro de Fortaleza, o que garantiu a paralisação do comércio e ônibus no centro da cidade.

Participaram do dia de luta trabalhadores do serviço público, os estudantes que estão nas ocupações, judiciários, servidores da previdência, professores, movimentos sociais, em ações combinadas no estado na capital e interior.  Ao final das marchas, ocorreu um grande ato político unificado entre todas as organizações na Praça do Ferreira.

Minas Gerais

Houve manifestações e paralisações em São João del Rei, Belo Horizonte, Uberlândia, Betim, Poços de Caldas, Curvelo e Capitão Enéas. A categoria docente participou ativamente das mobilizações. Os docentes das universidades federais de Lavras (Ufla), Ouro Preto (Ufop), São João Del Rei (UFSJ), Alfenas (Unifal), Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Uberlândia (UFU) e Triângulo Mineiro (UFTM) já deflagraram greve contra a PEC e outras medidas que retiram direitos.

Distrito Federal

Na capital federal, houve um ato unificado na frente do Ministério da Educação (MEC). Logo em seguida, os estudantes e técnicos da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Federal de Brasília (IFB), a CSP-Conlutas e os estudantes secundaristas resolveram marchar do MEC e foram até a Rodoviária do Plano Piloto, ocupando 4 faixas da Esplanada dos Ministérios.

Segundo a CSP-Conlutas, também houve manifestações e paralisações em Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Rondônia, Piauí, Goiás, Santa Catarina, Pará, Espírito Santo, Paraíba e Sergipe. Houve manifestações também no exterior, na Noruega e em Portugal.

Com informações de CSP-Conlutas, Adufpel-SSind, Sedufsm-SSind, Sul21, Terra Sem Males, Adufs-SSind, Aduneb-SSind e Mídia Ninja. Imagens de Sedufsm-SSind, Adufs-SSind e Terra Sem Males.

Fonte: ANDES-SN



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