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Professor da Universidade Federal de Rondônia é encontrado morto



O professor universitário André Penin foi encontrado morto no apartamento em que vivia, em Porto Velho (RO), na tarde desta quarta-feira (11). Natural de São Paulo, Penin havia se mudado para Rondônia para dar aulas de arqueologia na Universidade Federal de Rondônia (Unir).

De acordo com Rubens Oliveira da Silva, delegado do 2º Distrito Policial de Porto Velho, que registrou o caso inicialmente como encontro de cadáver, a investigação foi transferida para a Delegacia Especializada em Apuração dos Crimes contra a Vida (DECCV), que apura os homicídios na região. Mas, segundo ele, o caso ainda pode ser investigado como latrocínio, já que o carro do professor, um Honda Fit, não foi encontrado.

"Todo mundo sabia que ele chegou em casa com esse carro", afirmou o delegado.

Segundo Danilo Curado, amigo de Penin, o professor tinha planos de voltar a Porto Velho no domingo (8) e tinha três compromissos na segunda-feira (9): aulas na faculdade, que está em processo de reposição de aulas após o fim de uma greve de mais de dois meses, em 2011, uma reunião e o treino de judô, esporte que ambos praticam. "Ele tinha toda uma agenda para semana, mas não foi, o celular não atendia, à noite não apareceu no judô", contou.

Curado explicou que os amigos de Rondônia inicialmente pensaram que ele havia ficado em São Paulo. "Mas hoje [quarta-feira] de manhã a Valéria [outra amiga de Penin] me ligou falando que ele estava desaparecido, então a gente começou a buscar, soltou a notícia na internet, mas ninguém
sabia o que estava acontecendo."

Acionada, a polícia entrou no apartamento do professor e o encontrou morto. O delegado Rubens Oliveira afirmou que ainda não recebeu o resultado da perícia para indicar se foram encontrados sinais de violência no corpo.

De acordo com a DECCV, o caso só será oficialmente registrado como homicídio na manhã de quinta-feira (12), mas uma lista de testemunhas a serem convocadas foi feita na tarde desta quarta-feira. Curado, amigo da vítima, afirmou que a família de Penin chegaria de São Paulo na noite desta quarta-feira para buscar o corpo.

Ameaças a grevistas

O delegado do 2º Distrito Policial afirmou que as circunstâncias da morte descartam por enquanto qualquer ligação entre o caso e as ameaças que 25 professores e 13 estudantes da Unir receberam durante a greve, que acabou após a troca de gestão na universidade e a renúncia do então reitor José Januário de Oliveira Amaral. "É prematuro fazer acusações e levantar suspeitas", disse Oliveira.

Curado afirmou que o curso de arqueologia foi um dos que aderiu à greve em 2011, mas que Penin "era igual a todo mundo, não tem nada de essencial".

Segundo uma das estudantes mais envolvidas na ocupação do prédio da reitoria, que durou mais de dois meses, o professor participou dos protestos, mas seu nome não foi incluído no bilhete anônimo distribuído em novembro pelo campus de Porto Velho com ameaças aos grevistas.


Fonte: G1



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