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Aula pública marcou mobilização histórica dos trabalhadores em Manaus



Data: 23/09/2016

Pela primeira vez em Manaus, professores dos níveis municipal, estadual e federal somaram esforços com trabalhadores de outras categorias e estudantes para combater medidas retrógradas propostas pelo governo federal. A mobilização conjunta foi celebrada na tarde desta quinta-feira (22), durante aula pública promovida pela Frente de Lutas "Fora Temer", fórum que reúne cerca de 15 entidades populares, estudantis e sindicais.

A população que circulou pela Praça do Congresso, Zona Sul de Manaus, teve a oportunidade de se informar sobre temas como democracia, privatização, previdência, retirada de direitos e o projeto "Escola Sem Partido". A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257, atual PLPC 54/16, símbolos dos ataques aos serviços públicos elaboradas pelo governo não-eleito, também foram abordados.

A presidente da ADUA, professora Guilhermina Terra, destacou que o ato teve o objetivo de esclarecer a sociedade manauara a respeito do atual contexto político brasileiro e, em particular, sobre os ataques cada vez mais agressivos aos direitos dos trabalhadores. “Estamos tentando estimular a classe trabalhadora e a população carente a abrir os olhos para esses pontos negativos”, explica, “pois, se a situação permanecer assim, daqui a pouco os serviços públicos serão extintos. Estamos apenas exigindo condições de vida dignas”, resume Guilhermina.

Estudante do curso de História da Ufam e membro da União da Juventude Comunista (UJC), Fernanda Fernandes ressaltou a importância do trabalho de base junto aos estudantes secundaristas. “Nossa função é mostrar a eles os riscos das medidas do governo Temer, como a recente proposta de reforma do currículo do Ensino Médio. Por isso, devemos criar condições para viabilizar o acesso à informação, cujo domínio ainda pertence aos grandes veículos de comunicação”, diz. “Temos dificuldade de mobilizar os estudantes de Manaus. Isso, aliado à falta de informação, contribui para o quadro de apatia política da classe estudantil”, acrescenta Fernanda.

"A mobilização mostrou ao restante do país que em Manaus também existe um movimento social que se posiciona contra os ataques do governo federal", disse Raoni Lopes, membro da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).

No final da tarde, os participantes do ato, cujos cartazes exibiam repúdio ao atual presidente e contra as medidas de austeridade fiscal, entre outros temas, realizaram passeata pela avenida Eduardo Ribeiro. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também foi alvo de palavras de ordem contra a corrupção.

Também participaram do ato o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Sindicato dos Trabalhadores da Justiça do Trabalho (Sitraam), Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Amazonas (Sintesam) e Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre (Anel), entre outras.

Na próxima quinta-feira (29), categorias do ensino público vão paralisar as atividades e voltarão a se reunir, às 17h, na Praça do Congresso. A programação integra a agenda dos dias nacionais de Luta, Mobilização e Paralisação convocada pelo ANDES-SN, Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Fonte: ADUA



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