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Assembleia Geral indica criação de comitê de mobilização na Ufam



Data: 09/09/2016

Em Assembleia Geral realizada na tarde desta sexta-feira (9), no auditório da ADUA, professores afiliados deliberaram pela criação de um comitê de mobilização para esclarecer docentes, alunos e técnico-administrativos sobre os impactos que as recentes medidas do governo federal representam para os servidores públicos. Nesse caso, destacam-se a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016, esse último em fase de tramitação no Senado.

Para atingir esse objetivo, a partir do próximo semestre serão realizadas reuniões setoriais e panfletagens em todas as unidades da Ufam, no qual serão distribuídos textos em linguagem acessível ao público sobre os temas em pauta. O comitê de mobilização irá abordar também a possibilidade de uma greve geral, cuja temática vem sendo discutida pelo Andes e demais segmentos da sociedade. Nesta primeira fase, o comitê será formado pelos professores José Alcimar de Oliveira, Marcelo Vallina, Conceição Derzi e Tomzé Vale (ICHL). Além disso, as reuniões setoriais terão a função de espaço preliminar de discussão sobre os pontos de pauta a serem abordados nas assembleias da ADUA.

Durante a assembleia de sexta-feira, cujo ponto de pauta foi “Análise de Conjuntura”, vários afiliados destacaram a importância da luta unificada de trabalhadores contra as medidas. Marcelo Vallina, 1º Vice-Presidente da Regional Norte 1 do sindicato nacional, chama a atenção para outros tipos de ataques à educação, em particular no âmbito do ensino superior. “Em 2015, os recursos destinados ao custeio das universidades sofreram corte de 20%. Os investimentos na área estudantil, como auxílio-moradia, também foram reduzidos. Para combater esse panorama brutal de ataques, é necessário que todas as categorias de trabalhadores reúnam esforços rumo à greve geral”, ressalta.
 
Para o professor José Alcimar de Oliveira, o avanço de medidas conservadoras deve-se à perda de identidade da esquerda brasileira, que substituiu o ideal de justiça social pela manutenção no poder. “Por isso, é necessário recuperar as bandeiras de luta, como a auditoria da dívida pública. O debate deve ser ampliado, pois várias questões se colocam atualmente: onde estamos? Por que estamos aqui e para onde vamos?”, indaga Oliveira.
 
Caravana

Outro ponto de pauta foi a escolha dos professores que representarão a ADUA na Caravana de Trabalhadores dos Setores Público e Privado, Estudantes e Movimentos Sociais que acontece em Brasília (DF) nos dias 12, 13 e 14 de setembro.

A professora Guilhermina Terra, presidente da ADUA, vai representar a diretoria da unidade sindical, e as professoras Ana Cristina Martins (FAPSI) e Maria Rosária do Carmo (ICE) atuarão como representantes do corpo docente. Dentre as cinco unidades de fora da sede
(Parintins, Itacoatiara, Coari, Benjamin Constant e Humaitá), apenas a última enviou o nome de representante escolhido em assembleia, Marcelo Dayron Soares.

Fonte: ADUA



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