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Mesa Redonda discute os ataques promovidos pela “Lei da Mordaça”



Data: 08/08/2016

Em tempos de retirada de direitos da classe trabalhadora e de constantes ataques a categoria docente, a ADUA, em parceria com mais de 20 entidades, promove uma Mesa Redonda com o tema "A sala de aula em tempos de mordaça" para debater os prejuízos que o Projeto Escola Sem Partido acarreta para a educação brasileira. A atividade, ocorre nesta quarta-feira (10), a partir das 9h, no Auditório da seção sindical e integra a mobilização do Fórum Estadual contra a Lei da Mordaça, formado por sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos.

Em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), no Congresso Nacional através de dois Projetos de Lei: na Câmara dos Deputados o PL 867/2015, de autoria de Izalci (PSDB-DF), apensado em março ao PL 7180/2014; e no Senado Federal, o PLS 193/2016 de autoria de Magno Malta (PR-ES), o Projeto impõe uma série de proibições à liberdade e a autonomia pedagógica dos professores e das escolas.

Participam da Mesa Redonda a estudante Maria Clara Astolfi, representando a Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel); o professor Jonas Araújo, do Movimento Vem Pra Luta pela Educação; o docente Jeffeson Pereira, indicado pelo movimento EDIVERSA; e a militante Francy Júnior, do Fórum Permanente de Mulheres de Manaus (FPPM). O historiador e membro do Movimento para uma Alternativa Independente e Socialista (MAIS), Raoni Lopes, coordenará a mesa.

Frente Nacional


O fim da essência da Educação imposta pelo Projeto de Lei vem mobilizando diversos segmentos a envidarem esforços para que a proposta não seja aprovada. No dia 13 de julho, mais de 400 pessoas participaram do ato de lançamento da Frente Nacional contra o Projeto Escola Sem Partido, da qual o ANDES-SN faz parte, realizada no salão nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Na ocasião, a presidente do ANDES-SN, Eblin Farage, avaliou o lançamento da Frente como uma demonstração de que existem bandeiras capazes de unificar setores da classe trabalhadora. “O caminho a ser seguido é priorizar, na luta, as pautas capazes de trazer unidade, e ir para a rua lutar contra a retirada de direitos”, afirmou a docente.

Eblin destacou ainda que, caso aprovados, os projetos da Escola Sem Partido representarão, o fim da essência da educação, que é de ensinar a pensar. “Os PLs querem o contrário disso: uma escola do pensamento único, acrítico, elitista e machista. É fundamental negarmos esse caráter machista, que se expressa no uso do termo “Ideologia de Gênero” e na busca por silenciar esse debate dentro das escolas. Gênero não é ideologia, é cultura, e deve ser debatido nas escolas e universidades”, criticou Eblin.

Fonte: ADUA



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