Docentes do Auditório da ADUA em MAnaus
Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sindicalizados(as) e não sindicalizados(as) à ADUA, realizaram Assembleia Geral Descentralizada presencial na tarde da quinta-feira (23) para avaliar a proposta do governo federal protocolada no dia 15 de maio. A maioria decidiu rejeitar a proposta, sendo 30 votos contrários, 22 favoráveis ao aceite e uma abstenção.
Em Manaus, as(os) docentes rejeitaram a proposta por unanimidade, com o principal argumento de que as negociações, até o momento, não atendem ás reivindicações da categoria, que atualmente está em greve em 58 instituições. Também foi decidido que o ANDES-SN intensifique as críticas à interferência da Proifes nas negociações com o governo.
No ICSEZ/Parintins, as(os) docentes presentes na AG decidiram por unanimidade não aprovar a proposta. Já no INC/Benjamin Constant e no ICET/Itacoatiara a proposta foi aceita. Em Coari e Humaitá não foram realizadas assembleias. As(os) docentes de Humaitá informaram que “não fazia sentido debater, neste momento, a pauta, dado que a Ufam não está entre as entidades em greve”.
Docentes no ICSEZ
Na mesma AG, docentes de Manaus e de Parintins aprovaram a realização de uma manifestação no dia 27 de maio, um Dia Nacional de Luta. Também foi aprovada a autorização ao Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN para que seja construída uma contraproposta a partir das posições das assembleias de base.
Apesar da decisão da maioria dos(as) docentes pela não deflagração da greve na Ufam, a Direção da ADUA convocou a assembleia porque o ANDES-SN se organiza pela base e entende que a proposta afeta toda a categoria, não apenas os(as) sindicalizados(as) e nem só os(as) grevistas.
A vice-presidente da Regional Norte 1 do ANDES-SN, Ana Lúcia Gomes, afirmou que, até aquele momento, nenhuma seção sindical do ANDES-SN havia aprovado a nova proposta do governo e que o CNG está ativo, com revezamento de docentes e forte participação em atos públicos. “Não é fácil manter uma greve, mas as pessoas estão firmes e mostram que têm fôlego para continuar e forçar um pouco mais o governo a negociar. Nossa decisão pode impulsionar ou enfraquecer o movimento. O mínimo que podemos fazer é permitir que os colegas que estão lá permaneçam na luta”, defendeu a docente.
O primeiro vice-presidente da ADUA, Aldair Oliveira, avaliou que o governo está manipulando os números. “Está tirando de um bolso para atender a outro. Diz que está beneficiando com 31,02%, quando na verdade está penalizando a carreira, e o adjunto será o mais prejudicado”.
Durante os informes sobre a greve das(os) Técnico-Administrativos(as) em Educação, Ronaldo Bastos, informou que os TAE estão há dois meses em greve, já cansados, porém dispostos a radicalizar e avançar. Na Ufam, em todos os campi, os(as) TAE estão em greve, exceto no ICSEZ/Parintins. Ronaldo afirmou ainda que as negociações são prejudicadas pela morosidade do governo. “Os elementos ofertados não chegam nem perto da nossa proposta de reajuste salarial e de carreira”.
Na AG em Manaus foi unânime o posicionamento de que é preciso expor que a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), que não possui carta sindical, é utilizada pelo governo para tentar legitimar propostas sem consultar a base docente.
“Cabe constranger não só a Proifes, mas também o governo, que sabe que está negociando com um grupo que não nos representa e depois vai querer mostrar para a sociedade que o ANDES-SN é intransigente e não assina acordo. Fazer essa denúncia da não legitimidade da Proifes precisa ser muito clara!”, afirmou o docente José Alcimar Oliveira.
Em todos os campi que realizaram a AG foi lida uma síntese da avaliação do CNG-ANDES/SN, elaborada pela Diretoria da ADUA, sobre a proposta do governo federal apresentada na Mesa Específica e Temporária do dia 15 de maio.
Fonte: ADUA
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24/05/2024
