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Trabalhadora da UFPR obtém vitória na Justiça contra assédio da Ebserh



Data: 22/02/2016

Uma trabalhadora do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que, após denunciar assédio moral sofrido pela gestão da Empresa, foi transferida compulsoriamente para a Maternidade Victor Ferreira do Amaral, garantiu na Justiça na segunda-feira (15) o direito de retornar ao seu posto de trabalho original.

A liminar foi concedida pelo juiz Carlos Martins Kaminski, da 20ª Vara da Justiça do Trabalho de Curitiba. A audiência inicial está marcada para o dia 17 de março. Até lá, a direção do hospital está sujeita a multa diária de R$ 500 caso descumpra a decisão.

Aprovada em concurso público para a função de técnica em enfermagem do Centro Cirúrgico do HC, a funcionária foi transferida depois de questionar algumas práticas no hospital e participar, no dia 25 de janeiro, de uma reunião entre os trabalhadores de enfermagem ligados à Ebserh e a diretoria do setor. Na ocasião, foram apresentadas diversas reivindicações do quadro funcional.

Na liminar, o juiz Kaminski afirma que a remoção do posto para o qual a trabalhadora foi aprovada em concurso público configura tentativa de assédio moral. “Nesse sentido, vislumbram-se presentes os pressupostos legais para a antecipação de tutela, porquanto demonstrada, de forma suficiente, a adoção de medidas pela ré que podem configurar assédio moral”, diz o texto.

Chefia alega que ainda não foi notificada oficialmente

A trabalhadora tentou retornar já na manhã de quarta-feira (17) ao Centro Cirúrgico do HC, mas foi impedida de exercer suas funções pela chefia imediata, que alega ainda não ter sido notificada oficialmente da decisão do juiz. “Eles humilham todo mundo. É horrível. Tiram sarro da gente todo dia. Somos maltratados demais. Estou até doente. Tive uma crise de ansiedade e estou tratando uma úlcera por causa disso”, reclama ela.

Apesar do quadro, a trabalhadora diz esperar que a decisão parcial da Justiça do Trabalho tenha algum impacto no comportamento das chefias. “Eu queria que tudo isso acabasse, mas sei que não vai acabar. Então, que pelo menos diminua esse assédio. Não só com os trabalhadores da Ebserh, porque isso acontece com todo mundo”, afirmou.

Edição de ANDES-SN com imagem de UFPR

 
Fonte: Sinditest-PR



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