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  16/04/2024



Ditadura Empresarial-Militar nas Universidades é tema de debate na ADUA



 

Na terça-feira (23), às 14h30, a ADUA promove a sessão de cinema “Violência e torturas da Ditadura empresarial-militar nas Universidades”. A programação começa com a exibição do documentário Barra 68 – Sem Perder a Ternura. Em seguida o professor José Seráfico de Assis Carvalho irá compartilhar relatos e análises sobre acontecimentos desse período com ênfase no contexto das instituições de ensino superior e de sua própria vivência.

 

A sessão é aberta para a comunidade acadêmica e demais pessoas interessadas no tema, e ocorrerá no Auditório professor Osvaldo Coelho, na sede ADUA, localizada no Setor Sul do campus da Ufam em Manaus.

 

A atividade marca os 60 anos de um período sombrio que atingiu a sociedade brasileira e diretamente as universidades, as quais ao mesmo tempo em que eram alvo de intervenções militares, também enraizavam a resistência pela retomada da democracia. 

 

O documentário Barra 68 - Sem Perder a Ternura, de Vladimir Carvalho (2000), resgata as agressões sofridas pela Universidade de Brasília desde o golpe de 1964 até os acontecimentos de 1968, quando tropas militares ocuparam o campus, prenderam e atiraram em estudantes. Quatrocentos deles foram detidos numa quadra de esportes. O filme traz depoimentos de Oscar Niemeyer, Roberto Salmeron, do ex-reitor José Carlos Azevedo, Cacá Diegues, Jean-Claude Bernardet, Ana Miranda, Marcos Santilli, de familiares de Honestino Guimarães, entre outros.

 

José Seráfico não testemunhou os acontecimentos ocorridos na UNB, mas também viveu em um contexto de perseguições contra o movimento estudantil no Pará.  Agora docente aposentado pela Ufam, instituição onde ingressou em 1968, Seráfico chegou a ser preso em Belém pelo governo militar, quando era um jovem universitário.

 

Parte da história de José Seráfico e de outros docentes sindicalizados(as) à ADUA é contada no Boletim da ADUA nº 16, publicado em 2019, em uma reportagem especial assinada por Daisy Melo. A jornalista, que pesquisa sobre a ditadura militar, resgatou documentos e relatos do então Serviço Nacional de Informação (SNI) dos anos de 1980 e 1981, onde a ADUA é citada como “mentora intelectual” de movimentos reivindicatórios e responsável por reunir “a elite de professores esquerdistas, radicais e contestadores”. 

 

Uma segunda sessão está programada para ocorrer em maio, com o tema “Resiliência feminina em tempos de chumbo”, com exibição do documentário Torre das Donzelas. A atividade terá participação de Ana Maria Ramos Estevão, docente aposentada da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e que viveu o contexto narrado no filme, além da docente da Ufam, Ivânia Vieira.  

 

Participe deste momento de memória, resistência e luta!



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