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Reformulação curricular do ensino médio vira foco de debate no Amazonas



Data: 15/02/16

Mais de 30 mil alunos da rede estadual de educação participarão do projeto piloto que prevê a reformulação da estrutura curricular do ensino médio, em 22 escolas da capital e do interior do Estado que receberão as mudanças de forma experimental.  A meta é que, até 2017, toda a rede pública estadual tenha aderido à nova estrutura curricular do ensino médio.

A informação foi divulgada  pelo secretário de Estado de Educação do Amazonas (Seduc), Rossieli Soares da Silva, durante um encontro com profissionais da educação, ontem, no Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire, no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste.

De acordo com o secretário, a participação da escola na discussão é fundamental para que a reforma venha a acontecer de forma eficaz. “Ao falarmos de percurso diferenciado e opções de formações, a escola deve está envolvida, mas conforme sua realidade”, destaca Rossieli.

Ainda de acordo com ele, o primeiro semestre será voltado a debates sobre as mudanças e,  a partir do segundo semestre, devem ser construídas as ações em conjunto com a comunidade escolar e a Seduc.  A proposta está em conformidade com a Legislação Educacional e considera o currículo da Base Nacional Comum.

Rossieli adianta que algumas ações estão sendo discutidas, como aulas diferenciadas com música, incentivo à participação no grêmio estudantil e em outras atividades fora da escola, para que se integrem ao currículo escolar do aluno.
“A ideia é que toda as áreas do conhecimento tenham uma liberdade maior, e assim, permitir mais opções para mudar a vida dos jovens de forma significativa”, disse o secretário.

Encontro


O evento contou com palestras das professoras Nádia Maciel Falcão, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Neiza Teixeira, do Centro de Formação Continuada, Desenvolvimento de Tecnologia e Prestação de Serviços para a Rede Pública de Ensino (Cefort) da Ufam  e Maria Helena Guimarães de Castro, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de São Paulo.

Para a gestora da Escola Estadual Eldah Bitton Telles da Rocha,  Ione Bezerra, a estrutura curricular do Ensino Médio precisa ser reconfigurada para assegurar que os jovens tenham acesso a uma educação de qualidade. “A redefinição é necessária e a comunidade escolar precisa inovar para evitar o abandono escolar. Nós estamos aceitando esse desafio, pois temos professores qualificados para que isso aconteça”, disse.

Propostas do MEC


A proposta da Base Nacional Comum lançada pelo MEC prevê a divisão dos conteúdos do Ensino Médio em áreas do conhecimento - linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas - modelo usado nas provas do Enem.

Na proposta da Seduc do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), foi inserida a inclusão de um quinto eixo de formação: técnica e profissional. Outras propostas preveem ainda a possibilidade de composição do currículo com áreas optativas para o aluno; o ensino com mediação tecnológica; a proposta de semestralidade, além de ações específicas voltadas para um melhor desenvolvimento do ensino médio noturno.

Fonte: Portal A Crítica



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