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Campus da Unespar tem atividades suspensas devido ao não pagamento de terceirizados



Data: 16/12/2015

Atividades acadêmicas do campus de Curitiba II estão suspensas desde a última quarta-feira (9). Direção afirma que a falta de repasse de recursos financeiros do governo compromete funcionamento da instituição.

As atividades acadêmicas do campus Curitiba II (FAP) da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) foram suspensas na última quarta-feira (9) devido à paralisação dos trabalhadores terceirizados do campus, que prestam serviços de portaria, limpeza e de serviços técnicos especializados. De acordo com informações da direção do campus da Unespar, os trabalhadores estão sem receber com regularidade os seus salários e benefícios por conta de atrasos no repasse de verbas do governo do Paraná à instituição.

Em comunicado, a direção do campus afirma que “juntamente com a reitoria, tem se empenhado continuamente para resolver as dificuldades causadas pela falta de repasse de recursos financeiros pela Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná”. A nota ainda diz que “trata-se de uma medida extrema e tomada diante da necessidade que a situação impõe”.

João Guilherme Corrêa, presidente do Sindicato dos Docentes da Unespar (Sindunespar – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a falta de pagamento dos salários dos trabalhadores terceirizados é consequência do corte na verba de custeio que a Unespar sofreu neste ano. O repasse, que deveria ter sido de R$ 16,6 milhões, para os sete campi da instituição, foi reduzido para R$ 8,4 milhões em 2015, valor este não suficiente para quitar despesas como a manutenção dos prédios e tarifas básicas como água, luz e telefonia durante todo o ano. "Houve um corte de recursos de custeio das universidades estaduais que atingiu a Unespar. Com isso, a universidade não consegue honrar as suas dívidas com as empresas terceirizadas. As empresas não recebendo, os trabalhadores terceirizados são os prejudicados”, disse.

O presidente da Unespar explica que o campus Curitiba II não foi o primeiro a ser afetado com a falta de verbas e nem será o último. Recentemente, o campus de Paranaguá (Fafipar) enfrentou uma paralisação dos serviços terceirizados. Outras unidades da Unespar, segundo ele, também têm dívidas com empresas terceirizadas, como é o caso dos campi de União da Vitória (Fafiuv) e Curitiba I (Embap). "É um absurdo esta situação. Existem recursos para as universidades, o que não existe é uma prioridade. A política deliberada pelo governo é a de contingenciamento de recursos para forçar as universidades a buscarem outras fontes de receitas que, evidentemente, seria o da privatização", critica.

Corrêa conta que nesta quarta-feira (16) está prevista a votação da Lei de Orçamento Anual (LOA) para 2016 na Assembleia Legislativa do estado e que as universidades estaduais do Paraná farão pressão para aumentar o orçamento para as instituições. Ele ressalta que a situação da Unespar só se regularizará quando o repasse das verbas de custeio às Estaduais se regularizar.

Imagem de Unespar


Fonte: ANDES-SN



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