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Professores da Ufam aprovam proposta de saída unificada nacional da greve



Data: 01/10/2015

Às vésperas de completar 110 dias de paralisação, os docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aprovaram, por ampla maioria de votos, a orientação de “construção de indicativo de saída nacional unificada da greve”. A categoria em Manaus acompanha a proposta do Comando Local de Greve (CLG) para que o indicativo de saída unificada ocorra entre os dias 13 e 16 deste mês. Já os docentes de fora da sede aprovaram outros seis indicativos.

O resultado já foi enviado ao Comando Nacional de Greve (CNG) do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), ao qual à ADUA é filiada, para avaliação das propostas encaminhadas pelas seções sindicais em todo o país ao longo desta semana. De posse dessas informações, o CNG devolverá à base da categoria o balanço com as datas indicadas para a saída nacional unificada de greve.

A decisão da categoria foi tomada em rodadas de Assembleia Geral (AG) realizadas nesta quarta-feira (30/09) nos campi da Ufam em Benjamin Constant, Coari e Humaitá, e nesta quinta-feira (1º) em Itacoatiara, Parintins e Manaus (confira as votações no quadro).

Pesou na avaliação dos professores da Ufam, durante a avaliação de conjuntura local e nacional, a necessidade de tempo para reordenamento das atividades de planejamento antes da reposição integral dos 43 dias de aula referentes ao 1º semestre de 2015, em decorrência da deflagração do movimento paredista da categoria.

Sobre essa questão, os docentes manifestaram-se favoráveis ao “cronograma de reposição unificada na Ufam” também proposto pelo CLG, cujos princípios foram apresentados pelo vice-presidente da ADUA, Lino João de Oliveira Neves. Entre os princípios estão: a reposição integral dos 43 dias de aula; o início do 2015/2 somente após a finalização da reposição; a não aceitação, em nenhuma hipótese, de artifícios de “condensação” do tempo de reposição; o estabelecimento de um calendário único de reposição; a não aceitação de mudanças de turno e de horários originais das disciplinas/turmas; a não aceitação de “superposição de calendários’; e, finalmente, que nenhum aluno seja prejudicado.

Movimento paredista

Os professores da Ufam entraram em greve no dia 15 de junho, 18 dias após a deflagração do movimento paredista em âmbito nacional. A categoria luta pela manutenção do caráter público da educação, por melhores condições de trabalho, pela autonomia universitária, pela reestruturação da carreira e ainda pela equiparação salarial entre ativos e aposentados. No dia 5 de outubro, representantes dos docentes têm encontro marcado com o Ministério da Educação (MEC), quando as negociações da pauta específica podem avançar.

Os docentes exigem respostas efetivas do governo às reivindicações da categoria, entre elas o reajuste de 19,7% para 2016. Na proposta inicial, o índice era de 27,3%.

Fonte: ADUA



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